A madrugada de domingo (26) amanheceu marcada por mais uma cena de horror em Imperatriz, no Maranhão. Rafaela de Souza Nunes, 24 anos, teve a vida brutalmente interrompida pelo ex-companheiro, Gilson Pereira Martins, que a atacou com pelo menos sete golpes de faca dentro de casa. O crime aconteceu poucas semanas após ela conseguir uma medida protetiva, tentando escapar de um ciclo de ameaças e agressões que já durava meses.
De acordo com a Polícia Militar, Rafaela havia acabado de chegar de uma festa quando foi surpreendida. A casa, segundo os agentes, estava completamente revirada: móveis quebrados, manchas de sangue e sinais claros de luta. Tudo indica que Gilson invadiu o local e iniciou uma discussão, que terminou em mais um caso de feminicídio — um crime que, infelizmente, já se tornou rotina nas páginas policiais do país.
Gilson, que já respondia por tentativa de feminicídio contra outra ex-companheira, tentou fugir pulando o muro de uma escola no bairro Bacuri, mas acabou sendo capturado ainda em flagrante. Foi levado ao sistema penitenciário estadual e, agora, ficará à disposição da Justiça. Um detalhe que causa indignação é que, mesmo com o histórico violento e as medidas legais em vigor, nada foi capaz de impedir o desfecho trágico.
A história de Rafaela não é isolada. Apenas cinco dias antes, outro caso de feminicídio brutal chocou o país — desta vez, em Curitiba. Na noite da terça-feira (21), Claudia Valéria de Souza Rissardo, 45 anos, foi assassinada a facadas dentro da panificadora da família, na Cidade Industrial de Curitiba. O agressor era o ex-marido, de 56 anos, que não aceitava o fim do relacionamento.
Claudia havia se separado dele na quinta-feira anterior e, assim como Rafaela, já havia solicitado uma medida protetiva. O filho do casal, um jovem de apenas 18 anos, tentou desesperadamente intervir, mas acabou ferido ao tentar salvar a mãe. O crime, que aconteceu em plena área comercial e diante de testemunhas, deixou toda a comunidade em choque.
Esses dois casos, separados por menos de uma semana, reforçam uma realidade dolorosa: o Brasil ainda falha em proteger suas mulheres. Segundo dados recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de feminicídio a cada seis horas no país. É uma estatística cruel que carrega nomes, rostos e histórias — como as de Rafaela e Claudia, que buscaram ajuda, mas não tiveram tempo de se salvar.
Especialistas em direitos humanos alertam que medidas protetivas, sozinhas, não bastam. Elas precisam ser acompanhadas por monitoramento real, ações preventivas mais firmes e respostas rápidas das autoridades. Em muitos casos, o agressor ignora as restrições, e a vítima permanece desamparada.
Enquanto a sociedade lamenta mais duas vidas perdidas, fica o eco de uma pergunta que insiste em se repetir: até quando? Quantas Rafelas e Claudias ainda precisarão morrer para que a violência doméstica seja tratada como prioridade absoluta, e não apenas como estatística em relatórios anuais?
Em Imperatriz, vizinhos de Rafaela improvisaram uma pequena homenagem na frente da casa onde ela vivia — flores, velas e bilhetes deixados por amigos. Em Curitiba, moradores da região da padaria fizeram o mesmo. Dois pontos distantes no mapa, unidos pela dor e pela mesma história de descaso e brutalidade.
No fim, fica a sensação amarga de que, em 2025, ainda estamos longe de garantir o básico: o direito de uma mulher viver sem medo dentro da própria casa.





















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