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Revelado o estado de saúde do bebê retirado vivo do próprio velório no Acre

3 horas atrás

Em meio a uma história que mais parece saída de um filme, um recém-nascido de apenas cinco meses de gestação, dado como natimorto na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco (AC), segue lutando pela vida. O caso, ocorrido na sexta-feira (24), comoveu o Brasil e levantou questionamentos sobre possíveis falhas médicas.

De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) neste domingo (26), o bebê está internado na UTI Neonatal, respirando com a ajuda de aparelhos e permanecendo intubado. Apesar do quadro grave, há sinais de melhora: os médicos já começaram a reduzir a ventilação mecânica, e o pequeno paciente tem apresentado evolução positiva — um alívio para os familiares que viveram horas de puro desespero.

Segundo o informe oficial, o bebê está “em situação estável dentro da normalidade para o quadro de saúde de um prematuro extremo”. A equipe ressalta que ele urina normalmente, o que é considerado um bom sinal de funcionamento dos rins e de oxigenação adequada. A equipe médica da maternidade mantém vigilância constante, enquanto o estado segue acompanhando o caso de perto.

O nascimento e o choque durante o velório

A história que tem emocionado o país começou na sexta-feira. Após um parto complicado, a equipe médica teria constatado ausência de sinais vitais e declarado o bebê como morto, atribuindo o óbito à hipóxia intrauterina — falta de oxigênio durante a gestação. O corpo, então, foi entregue à família para o velório.

Cerca de 12 horas depois, já durante a despedida, um dos momentos mais inacreditáveis aconteceu. Familiares ouviram um leve choro vindo do caixão. Inicialmente, pensaram que fosse imaginação provocada pela emoção, mas a tia da criança insistiu para que o caixão fosse aberto. Quando levantaram a tampa, o espanto tomou conta de todos: o bebê se mexia e respirava.

O caso se espalhou rapidamente pelas redes sociais, com vídeos e relatos emocionados de quem estava no velório. Diante da repercussão, o governador Gladson Cameli determinou o afastamento imediato da equipe médica que havia atestado o óbito e exigiu uma investigação minuciosa para esclarecer o que realmente aconteceu naquela sala de parto.

Um caso raro e cheio de perguntas

Especialistas afirmam que situações como essa são extremamente raras, mas não impossíveis. Em alguns casos de extrema prematuridade, o batimento cardíaco e os sinais vitais podem se tornar tão fracos que não são detectados facilmente. Ainda assim, o episódio levanta sérias dúvidas sobre os protocolos adotados e a forma como o diagnóstico de morte foi feito.

Enquanto a investigação segue, o bebê continua recebendo todos os cuidados possíveis. A equipe da maternidade descreve o caso como “uma luta pela vida em estado puro”. A mãe, ainda abalada, mal consegue falar com a imprensa, mas familiares têm compartilhado mensagens de fé nas redes sociais, chamando o pequeno de “bebê milagre”.

“Ele voltou pra nós pelas mãos de Deus”, disse a tia, emocionada.

Em tempos em que as notícias parecem cada vez mais duras, o pequeno sobrevivente do Acre se tornou um símbolo de esperança e resistência. Por enquanto, o país inteiro torce por ele — um bebê que, contra todas as probabilidades, renasceu no meio da despedida.


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