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Surfista João Manarte morre na Caparica e deixa legado de paixão pelo mar

3 horas atrás

A comunidade do surf em Portugal está em luto pela morte inesperada de João Manarte, considerado um dos pioneiros e grandes entusiastas da modalidade no país. O surfista, de 47 anos, faleceu no domingo, 2 de novembro, após sentir-se mal enquanto praticava a sua paixão na Praia Nova, na Costa da Caparica. A notícia abalou não apenas os surfistas, mas também amigos e admiradores que acompanharam a trajetória de Manarte ao longo dos anos, marcada por dedicação e amor ao mar.

De acordo com a Autoridade Marítima Nacional, o alerta foi dado às 11h35 pelo nadador-salvador coordenador da Associação “Caparicamar”, responsável pela segurança na praia. O profissional informou que um surfista havia sido retirado da água em estado inanimado. A pronta resposta das equipas de socorro, composta por elementos do Posto da Polícia Marítima da Costa da Caparica e dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, não foi suficiente para evitar o desfecho trágico. Apesar das tentativas de reanimação no areal, João Manarte acabou por não resistir.

A notícia espalhou-se rapidamente pelas redes sociais e pelos meios de comunicação locais, gerando uma onda de consternação. Amigos, colegas e figuras ligadas ao surf deixaram mensagens de pesar e homenagens emocionadas. Muitos destacaram a generosidade de João, a sua alegria contagiante e a forma como inspirava novas gerações de surfistas. Ele era descrito como alguém que vivia intensamente o mar, sempre disposto a ensinar, partilhar experiências e incentivar o crescimento do surf nacional.

Para muitos, João Manarte não era apenas um desportista, mas uma verdadeira referência cultural dentro da comunidade do surf. Participou em competições, promoveu eventos e ajudou a consolidar o nome de Portugal no panorama europeu da modalidade. A sua ligação com a Costa da Caparica era profunda, sendo presença habitual nas ondas da região e conhecido por todos os frequentadores da praia.

O falecimento de Manarte é visto como uma grande perda para o surf português, que ainda luta para preservar a sua história e valorizar os atletas que abriram caminho para as novas gerações. A tragédia também reacende o debate sobre os riscos do mar e a importância de cuidados médicos rápidos em situações de emergência, especialmente entre praticantes de desportos aquáticos.

Nas mensagens partilhadas online, o tom é de tristeza, mas também de gratidão. Surfistas veteranos recordam histórias vividas com João, lembrando as madrugadas frias em busca das melhores ondas e a camaradagem que sempre o acompanhava. Para eles, a imagem de Manarte continuará viva nas memórias e nas marés da Caparica, onde o som das ondas ecoará em sua homenagem.

As autoridades ainda não divulgaram detalhes específicos sobre a causa exata da morte, embora o comunicado da AMN indique que se tratou de uma doença súbita. O corpo foi encaminhado para autópsia, e os resultados deverão esclarecer o que levou ao mal-estar repentino. Enquanto isso, a família pede respeito e privacidade neste momento de dor profunda.

Em várias praias do país, pequenos gestos simbólicos foram organizados em homenagem ao surfista. Grupos de amigos entraram no mar com as pranchas, formaram círculos e deixaram flores flutuando nas águas, num tributo silencioso que reflete a união da comunidade surfista.

A morte de João Manarte deixa um vazio difícil de preencher. O seu legado, no entanto, permanece firme entre aqueles que o conheceram e entre os jovens que aprenderam a amar o surf através do seu exemplo. Para muitos, ele será sempre lembrado como o homem que viveu e partiu no mesmo cenário que tanto amava: o mar.

O nome de João Manarte passa agora a fazer parte da história do surf português, não apenas pelo talento nas ondas, mas pela paixão e espírito que dedicou a essa cultura. A Costa da Caparica, que tantas vezes o recebeu, despede-se de um dos seus maiores filhos, num adeus marcado por emoção, respeito e eterna gratidão.


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