O amanhecer do último domingo, 26 de outubro, foi marcado por uma tragédia que abalou a Argentina. O que era para ser apenas mais uma viagem rotineira acabou se transformando em um cenário de dor e desespero. Um ônibus de dois andares caiu de uma ponte na província de Misiones, deixando pelo menos nove mortos e 29 feridos. O acidente aconteceu após uma colisão violenta com um carro que vinha na direção contrária.
O impacto foi tão forte que o ônibus rompeu as barreiras de proteção da ponte e despencou em um riacho. Testemunhas relataram cenas de pânico e gritos por socorro enquanto equipes de resgate tentavam, a todo custo, retirar os passageiros presos nas ferragens. O motorista do carro envolvido na batida está entre os mortos.
De acordo com o ministro de Governo de Misiones, Marcelo Pérez, o número de vítimas fatais foi confirmado ainda durante a manhã. Visivelmente emocionado, ele declarou à imprensa local: “É um dia de imensa tristeza para nossa província. Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para ajudar as famílias e prestar apoio às vítimas.”
O ministro da Saúde, Héctor González, também se pronunciou, destacando a gravidade do acidente. “Dois dos feridos precisaram ser transferidos para hospitais de maior complexidade. O impacto foi devastador”, afirmou. Entre os feridos há crianças e idosos, o que torna a situação ainda mais delicada.
O ônibus, segundo informações preliminares, fazia o trajeto entre Posadas e Oberá, duas das principais cidades de Misiones. No momento do acidente, chovia fraco, e há suspeitas de que a pista escorregadia possa ter contribuído para a tragédia. A perícia agora busca esclarecer se houve falha mecânica, erro humano ou excesso de velocidade.
Um dos detalhes que mais preocupam as autoridades é a ausência de uma lista oficial de passageiros. Como o veículo operava um serviço interprovincial, muitos embarcaram sem registro formal. Essa falta de controle tem dificultado o trabalho de identificação e aumentado a angústia das famílias que aguardam por notícias.
Durante o domingo, imagens do resgate circularam nas redes sociais e nos noticiários de todo o país. Moradores da região se uniram aos bombeiros e voluntários para ajudar no socorro. Em meio à lama e às ferragens retorcidas, o sentimento era um só: impotência.
A tragédia mobilizou também figuras públicas. O governador de Misiones, Hugo Passalacqua, usou suas redes sociais para expressar solidariedade às famílias das vítimas e parabenizar o trabalho das equipes de emergência. “Estamos em oração por todos os envolvidos”, escreveu.
Enquanto o país tenta compreender as causas desse terrível acidente, o clima é de luto e reflexão. Em Oberá, onde o ônibus deveria chegar, uma missa foi celebrada em homenagem às vítimas. Nas redes, argentinos de várias partes deixaram mensagens de pesar e apoio, usando a hashtag #FuerzaMisiones.
A dor que paira sobre Misiones é daquelas que atravessam fronteiras. Cada nome confirmado entre os mortos é mais um pedaço de história interrompido — um sonho que não chegou ao destino. Agora, resta às famílias e a todo o país encontrar consolo em meio à perda e esperar que, dessa tragédia, venham respostas e mudanças que evitem novas despedidas prematuras.





















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