O que seria um momento inesquecível para celebrar o amor quase terminou em emergência. O pedido de casamento de Iona Hadaway, 23 anos, virou um grande susto quando o anel escolhido pelo noivo, Jacob Bugliarello, 20, ficou tão apertado que quase fez a jovem perder o dedo. O episódio reacende um alerta simples, mas frequentemente ignorado: o tamanho do anel e o inchaço natural dos dedos podem colocar a saúde em risco e exigir intervenção imediata.
Como um “sim” virou preocupação
Segundo o relato, o cenário era perfeito: surpresa, emoção e o anel brilhando nas mãos do casal. Minutos depois, o encanto deu lugar à aflição. O aro não cedia e o dedo de Iona começou a inchar rapidamente, com mudança de cor e dor crescente — sinais clássicos de compressão vascular. Nessas situações, o fluxo sanguíneo pode ficar comprometido e, em casos extremos, há risco de lesão tecidual se a remoção não for feita com rapidez e técnica adequada.
Por que isso acontece
O corpo reage a fatores como temperatura, retenção de líquidos, movimento repetitivo e estresse, o que pode levar ao inchaço (edema) dos dedos. Se o anel já estava justo no momento da colocação, qualquer alteração mínima pode transformar uma joia em um torniquete. Materiais rígidos (ouro, platina, titânio, aço) não “cedem” e dificultam a retirada quando o dedo dilata.
O que fazer na hora (guia prático e seguro)
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Mantenha a calma e eleve a mão acima do nível do coração por alguns minutos para reduzir o inchaço.
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Aplique gelo envolto em pano por 10–15 minutos (nunca direto na pele) para ajudar a desinchar.
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Lubrifique com sabonete líquido, óleo mineral ou creme e tente girar o anel sem puxar com força.
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Técnica do fio: enrole um fio dental ou fita elástica do topo do dedo em direção ao anel, comprimindo levemente o edema, e desenrole puxando a ponta por baixo do aro.
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Pare imediatamente se houver dor intensa, formigamento, palidez/arroxeamento persistente ou perda de sensibilidade. Procure socorro médico ou um bombeiro/joalheiro com ferramenta própria para corte do aro — um procedimento simples que preserva o dedo.
Atenção: tentar arrancar “no tranco” pode piorar o edema, causar microlesões e prolongar o sofrimento. Quando há sinais de comprometimento da circulação, cada minuto conta.
Como prevenir em pedidos e no dia a dia
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Meça o aro em momentos neutros do dia (nem muito frio, nem muito calor).
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Prefira aneis de teste na joalheria e evite “chutar o tamanho” só com base na aparência.
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Considere aros com meia-medida ou modelos ajustáveis para o momento do pedido; depois, faça o ajuste fino.
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Se a pessoa tem tendência a inchar (ex.: calor, ciclo menstrual, longos voos), oriente para remover o anel à noite.
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Em atividades físicas, praia e trilhas, vale deixar a joia em casa: calor + esforço = inchaço.
Romance com responsabilidade
O episódio de Iona e Jacob mostra que o romantismo e o cuidado andam juntos. A joia é um símbolo — não deve se tornar um risco. Planejar o tamanho correto, entender os sinais do corpo e ter um plano B (como o corte do aro em emergência) é a diferença entre uma história bonita e um susto desnecessário. E, sim, dá para preservar a memória do pedido: joalherias conseguem reparar ou repor anéis cortados após o atendimento.