O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo, mas também um dos mais tratáveis quando diagnosticado precocemente. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano são registrados milhares de novos casos, afetando pessoas de diferentes idades, tons de pele e estilos de vida. O sol, grande aliado do bem-estar e da vitamina D, também pode ser um inimigo silencioso quando a exposição é prolongada e sem proteção. Reconhecer os sinais de alerta é essencial para evitar complicações graves. Entre os principais indícios que exigem atenção estão cinco sintomas que podem indicar o desenvolvimento da doença.
O primeiro deles é o aparecimento de manchas ou feridas que não cicatrizam. Pequenos machucados que persistem por mais de quatro semanas, mesmo sem dor, devem ser avaliados por um dermatologista. Muitas vezes, essas lesões passam despercebidas ou são confundidas com simples irritações na pele. No entanto, a demora em buscar ajuda pode permitir que o tumor avance para camadas mais profundas, dificultando o tratamento. A recomendação dos especialistas é nunca subestimar qualquer alteração que resista ao tempo e aos cuidados habituais.
Outro sintoma que merece atenção é a mudança no formato ou na coloração de pintas já existentes. O corpo humano pode apresentar diversas marcas naturais, mas quando elas começam a crescer de forma irregular, mudar de cor ou apresentar bordas mal definidas, é preciso acender o alerta. Os dermatologistas costumam utilizar a regra do “ABCDE” para facilitar a identificação: Assimetria, Borda irregular, Cor variável, Diâmetro maior que 6 mm e Evolução ao longo do tempo. Qualquer uma dessas características pode ser um indicativo de melanoma, a forma mais agressiva do câncer de pele.
O surgimento de áreas avermelhadas, descamativas ou com coceira constante também pode ser um sinal da doença. Embora seja comum associar tais manifestações a alergias ou ressecamento da pele, é importante investigar quando os sintomas persistem mesmo após o uso de cremes ou medicamentos simples. Essas lesões podem indicar carcinomas, tipos de câncer cutâneo mais comuns, que embora menos agressivos que o melanoma, também exigem diagnóstico precoce para evitar complicações.
Um quarto sintoma relevante é o sangramento espontâneo em pintas ou manchas. Pequenas hemorragias sem causa aparente, especialmente em locais frequentemente expostos ao sol, como rosto, braços e pernas, devem ser encaradas como sinais de alerta. Esse tipo de manifestação costuma indicar que a pele está fragilizada por alguma alteração celular, podendo evoluir para uma condição mais séria. Ignorar esse detalhe pode representar a diferença entre um tratamento simples e um procedimento mais invasivo.
Por fim, o aparecimento de nódulos ou elevações na pele de textura diferente merece atenção. Pequenos caroços que se desenvolvem rapidamente, com superfície brilhante, áspera ou ulcerada, podem ser indícios de carcinoma basocelular ou espinocelular. Esses tipos de tumor, embora menos agressivos que o melanoma, podem causar deformidades e comprometer funções se não forem tratados a tempo. Vale lembrar que o câncer de pele pode se manifestar em qualquer região do corpo, inclusive em áreas pouco expostas ao sol, como couro cabeludo e sola dos pés.
A boa notícia é que, em grande parte dos casos, o câncer de pele tem altas taxas de cura quando identificado logo no início. A prevenção continua sendo o melhor caminho: uso diário de protetor solar, evitar exposição ao sol nos horários mais críticos, manter roupas adequadas e consultar regularmente um dermatologista fazem toda a diferença. Mais do que estética, cuidar da pele é cuidar da própria vida. Reconhecer esses cinco sintomas é dar um passo importante para a proteção da saúde e para a disseminação de informação que pode salvar muitas pessoas.
