Na novela Três Graças, exibida na faixa das nove da Globo, o público acompanha a trajetória de Lígia, interpretada por Dira Paes, uma mulher batalhadora que enfrenta uma das fases mais difíceis de sua vida. Mãe dedicada de Gerluce, vivida por Sophie Charlotte, e da jovem Joélly, papel de Alana Cabral, Lígia descobre que sofre de uma doença grave e rara chamada hipertensão arterial pulmonar. Desde o primeiro capítulo, a personagem revela que seu quadro vem se agravando, o que a obriga a mudar completamente sua rotina e provoca momentos de grande emoção na trama.
A condição médica enfrentada por Lígia é baseada em um problema real que atinge milhares de pessoas no mundo todo. A hipertensão arterial pulmonar é uma doença progressiva e crônica, caracterizada pela dificuldade na circulação do sangue pelas artérias e veias pulmonares. Esse estreitamento dos vasos provoca uma sobrecarga no coração, que precisa trabalhar mais para bombear o sangue, e compromete a capacidade respiratória do paciente. Apesar de rara, a doença é silenciosa em seus estágios iniciais e, muitas vezes, é diagnosticada apenas quando já se encontra em um nível avançado.
Entre os sintomas mais comuns da doença estão a falta de ar mesmo em atividades simples, o cansaço constante e, em casos mais graves, episódios de desmaios. A personagem de Dira Paes passa a sentir essas limitações em sua vida cotidiana, o que a impede de continuar trabalhando como cuidadora de Josefa, vivida por Arlete Salles. A necessidade de afastamento do emprego desperta a solidariedade da filha mais velha, Gerluce, que decide substituí-la no trabalho para garantir a renda da família. A partir desse ponto, a novela passa a entrelaçar drama pessoal e crítica social, explorando o impacto das doenças raras em comunidades vulneráveis.
Com o avanço da trama, a relação entre mãe e filha se torna ainda mais intensa. Enquanto Lígia tenta lidar com a progressão da enfermidade e a incerteza do tratamento, Gerluce descobre que há algo muito mais sombrio por trás da piora da saúde da mãe. Ela começa a desconfiar da Fundação Ferette, instituição responsável pela distribuição dos medicamentos que deveriam ajudar no controle da hipertensão pulmonar, mas que, na realidade, estão sendo adulterados.
Arminda, interpretada por Grazi Massafera, e Santiago Ferette, vivido por Murilo Benício, aparecem como os grandes vilões da história. Eles comandam o esquema de corrupção e fraude na fundação, trocando os remédios originais por comprimidos falsificados com farinha. Essa revelação coloca Gerluce em uma posição de conflito e coragem. Determinada a buscar justiça, ela se alia à amiga Viviane, papel de Gabriela Loran, uma farmacêutica da comunidade que conhece bem o funcionamento do sistema de saúde e os perigos da manipulação de medicamentos.
A jornada de Gerluce passa então a ser marcada por uma luta dupla: salvar a vida da mãe e desmascarar os criminosos que lucram com o sofrimento alheio. Sua trajetória é de superação, indignação e resistência diante do poder e da impunidade. A cada capítulo, a jovem descobre novas provas e enfrenta ameaças, mas sua motivação se fortalece ao ver a fragilidade de Lígia e a injustiça enfrentada por outras vítimas do mesmo golpe.
Enquanto isso, Lígia tenta manter a fé e a esperança mesmo diante do agravamento de sua doença. A personagem simboliza a força de tantas mulheres que, apesar das dificuldades, não se deixam abater. Dira Paes entrega uma atuação emocionante, retratando com sensibilidade os efeitos físicos e emocionais de uma condição que transforma a vida de toda a família. O sofrimento de Lígia é acompanhado de momentos de ternura e amor, principalmente nas cenas em que ela busca transmitir coragem às filhas.
A novela, escrita por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, combina drama familiar, suspense e crítica social. Ao abordar uma doença rara e pouco conhecida do público, Três Graças também cumpre um papel educativo ao trazer informações sobre a hipertensão arterial pulmonar, suas causas, sintomas e consequências. A produção tem sido elogiada por tratar o tema com responsabilidade, sem deixar de lado o entretenimento e a emoção que caracterizam as grandes obras das nove.
Com direção cuidadosa e atuações marcantes, Três Graças vem conquistando o público com sua mistura de sensibilidade e denúncia. A narrativa revela como interesses econômicos e corrupção podem colocar vidas em risco, ao mesmo tempo em que exalta o poder do amor, da solidariedade e da justiça. A trajetória de Lígia e Gerluce se torna um símbolo de resistência diante das adversidades e uma reflexão sobre o valor da vida e da integridade humana.
Nos próximos capítulos, a expectativa é de que a verdade venha à tona e que Gerluce consiga expor o esquema criminoso da Fundação Ferette. A tensão aumenta, os vilões se veem acuados e o público acompanha com emoção cada passo da luta pela sobrevivência e pela verdade. Três Graças se consolida assim como uma das novelas mais fortes e humanas da Globo, capaz de unir drama social, mistério e emoção em uma história que ecoa para além da ficção.





















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