O remake de “Vale Tudo” terminou com uma grande reviravolta que dividiu o público e revelou um dos maiores segredos guardados pela Globo. Mesmo com o mistério em torno da morte de Odete Roitman sendo cuidadosamente mantido até os momentos finais, o desfecho acabou vazando antes da exibição oficial. A vilã interpretada por Débora Bloch, que marcou toda a trama com sua frieza e ambição, não morreu como muitos acreditavam. A revelação de que ela sobreviveu e fugiu do país pegou alguns de surpresa, mas também confirmou as suspeitas de parte dos telespectadores que já desconfiavam desse rumo.
O final de Odete Roitman se tornou o ponto mais comentado das redes sociais após a exibição do último capítulo. A empresária, baleada por Marco Aurélio, interpretado por Alexandre Nero, foi dada como morta em cenas anteriores, mas o público atento percebeu que havia algo estranho. No desfecho, descobriu-se que Freitas, vivido por Luis Lobianco, seu fiel funcionário, foi quem a ajudou a escapar. Juntos, eles arquitetaram uma fuga cinematográfica, que terminou com Odete a bordo de um helicóptero, deixando o Brasil e todos os que tentaram derrubá-la para trás.
A decisão da autora Manuela Dias e do diretor Paulo Silvestrini de manter a vilã viva dividiu opiniões. Muitos fãs elogiaram a ousadia de dar um final condizente com o poder e a astúcia da personagem, enquanto outros criticaram a escolha, alegando que o público esperava uma punição exemplar. O maior erro da Globo, segundo alguns críticos, foi entregar um desfecho que já era esperado. Teorias sobre a sobrevivência de Odete circulavam há semanas, e as pistas deixadas nos capítulos anteriores reforçaram a previsão.
Nos bastidores, a emissora fez de tudo para manter o sigilo sobre o último episódio. O acesso aos roteiros foi restrito, apenas alguns membros da equipe tiveram contato com as cenas completas, e até os atores receberam somente as falas de seus personagens. A Globo também cancelou a distribuição dos resumos dos capítulos finais para a imprensa, tentando evitar qualquer vazamento que pudesse estragar a surpresa do público. Mesmo com todas essas precauções, as informações acabaram sendo divulgadas por fontes internas.
Fontes do portal Notícias da TV revelaram que o desfecho só foi decidido na sexta-feira, poucas horas antes da exibição. Manuela Dias e Paulo Silvestrini teriam avaliado duas versões possíveis para o final: uma em que Odete realmente morria e outra em que ela sobrevivia e fugia. A opção pela segunda versão foi tomada de última hora, justamente por acreditarem que manter a vilã viva traria mais impacto e abriria espaço para futuras continuações ou séries derivadas. A escolha, no entanto, gerou o efeito oposto ao esperado.
Desde os últimos capítulos, diversas cenas já deixavam rastros da fuga de Odete. Conversas misteriosas entre Freitas e Consuêlo, personagem de Belize Pombal, reforçavam a ideia de que algo estava sendo planejado. Consuêlo, que começou como secretária e terminou como diretora da empresa, foi peça importante na queda de Marco Aurélio e na ascensão de Afonso, vivido por Humberto Carrão. Sua lealdade à falecida — ou supostamente falecida — patroa levantou suspeitas de que Odete ainda estava no comando, mesmo nas sombras.
O público, atento aos detalhes, começou a montar o quebra-cabeça nas redes sociais antes mesmo da exibição do último episódio. Teorias, vídeos e comparações com a versão original da novela se multiplicaram. Em fóruns e páginas de fãs, muitos apontavam que seria impossível uma personagem como Odete ser eliminada sem um retorno triunfal. Quando a cena final foi ao ar, mostrando a vilã viva e sorrindo dentro do helicóptero, o sentimento geral foi de confirmação, não de surpresa.
Apesar das críticas, há quem defenda o final escolhido. Para alguns espectadores, a fuga de Odete foi coerente com a essência da personagem: uma mulher implacável, que sempre manipulou todos ao seu redor e se safou das piores situações. A imagem dela indo embora, deixando o caos para trás, simboliza a perpetuação do poder e da corrupção, temas centrais de “Vale Tudo”. Mesmo assim, a sensação de previsibilidade deixou um gosto amargo em parte do público, que esperava uma virada mais surpreendente.
A Globo tentou, sem sucesso, reproduzir o impacto que o final da versão original teve em 1989, quando o mistério sobre o assassinato de Odete Roitman paralisou o país. Na época, o segredo foi mantido até o último segundo, e a revelação de que Leila, personagem de Cássia Kis, era a assassina, entrou para a história da teledramaturgia. No remake, porém, a previsibilidade e o vazamento diminuíram o efeito de choque que a emissora tanto buscava.
Mesmo com as críticas, “Vale Tudo” encerrou sua trajetória com altos índices de audiência e consolidou o talento do elenco e da equipe de produção. A atuação de Débora Bloch foi amplamente elogiada, e o retorno de personagens icônicos conquistou uma nova geração de telespectadores. Ainda assim, o final deixou claro que nem mesmo o maior esforço de sigilo pode impedir que a curiosidade do público revele tudo antes da hora. No fim, o que ficou foi a sensação de que, na ficção e na vida real, vale tudo para se manter no topo.





















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