Fátima é hospitalizada, passa por um sofrimento terrível, mas não aprende nada no final de Vale Tudo

Maria de Fátima, personagem de Bella Campos, terá um desfecho trágico e revelador nos últimos capítulos de Vale Tudo, mantendo-se fiel à ambição e à frieza que marcaram sua trajetória. Ao contrário de muitos esperavam, a vilã não encontrará redenção nem amor verdadeiro, encerrando sua história em um ciclo de solidão e obsessão por status. A narrativa mostra como a ganância e a falta de empatia podem determinar o destino de uma pessoa, mesmo diante de oportunidades de mudança.

Após uma série de derrotas e reveses, Fátima será mostrada levando uma vida simples, trabalhando atrás do balcão de uma padaria. Esse cenário, distante do luxo e da riqueza que sempre almejou, simboliza a decadência que sua trajetória trouxe. A simplicidade da vida cotidiana contrasta fortemente com suas ambições, reforçando o contraste entre a vilã e personagens que encontraram equilíbrio e afeto genuíno, como Raquel.

Em um momento de grande tensão, Fátima entrará em trabalho de parto, sendo levada às pressas ao hospital. Sozinha e ansiosa, ela nutrirá a esperança de que César, seu antigo amor, apareça para conhecê-la e ver o filho que carregou. No entanto, César, agora milionário após herdar a fortuna de Odete Roitman, permanecerá alheio às expectativas da vilã, ignorando-a completamente. Sua ausência reforça a mensagem de que as ações de Fátima ao longo da novela criaram barreiras intransponíveis entre ela e aqueles que poderiam lhe oferecer carinho.

No hospital, Fátima receberá apenas duas visitas: de Raquel e de Ivan. A relação com a mãe será marcada por emoção e ternura, principalmente no momento em que Raquel conhece o neto, Salvadorzinho. Enquanto a família demonstra amor e acolhimento, Fátima se manterá distante, incapaz de expressar sentimentos genuínos pelo filho que nasceu. Essa frieza evidencia que, apesar de todas as lições que a vida tentou ensinar, ela permanece presa ao seu padrão de comportamento.

Mesmo diante do nascimento do filho, a vilã não se transforma. Durante o período de recuperação, passará algum tempo com a criança e a mãe, mas rapidamente revelará que não aprendeu nada com as quedas e os golpes que sofreu. Ao deixar o hospital, confiará o bebê aos cuidados de Raquel, mostrando que a maternidade não é suficiente para despertar empatia ou amor verdadeiro em seu caráter.

A busca pelo poder e pelo status volta a guiá-la imediatamente após o parto. Fátima decide retomar sua escalada social e reconquistar César e Olavo com o objetivo de planejar novos golpes. Esse comportamento demonstra que sua essência não mudou: a ambição continua sendo o motor de suas decisões, independentemente das consequências pessoais ou afetivas.

Nas cenas finais, a vilã encontrará Carvana, um novo personagem que promete se tornar seu próximo alvo. O encontro ocorre inicialmente na padaria onde trabalha e posteriormente em um haras, próximo a César e Olavo. Essas cenas simbolizam o retorno de Fátima ao universo dos ricos e poderosos, reiterando que sua obsessão por ascensão social não conhece limites e que seu ciclo de ambição está longe de terminar.

A narrativa de Maria de Fátima funciona como um contraponto direto à história de Raquel. Enquanto a vilã permanece presa à ganância e ao egoísmo, Raquel encontra paz, equilíbrio e plenitude junto à família. Essa diferença evidencia que escolhas morais e afetivas podem determinar destinos opostos, destacando a construção dramática que mantém o espectador atento ao contraste entre a vilania e a virtude.

Vale destacar que o desfecho de Fátima não oferece uma mensagem de redenção, mas reforça a força narrativa do folhetim em mostrar as consequências da ambição desmedida. Mesmo diante de perdas, sofrimentos e oportunidades de mudança, a vilã retorna aos mesmos padrões que a fizeram sofrer, consolidando uma trajetória coerente e trágica.

No fim, Maria de Fátima encerra sua participação em Vale Tudo como começou: movida por ganância, incapaz de amar e obcecada por status. Seu destino é um lembrete de que a busca incessante por poder e reconhecimento, sem equilíbrio emocional ou moral, tende a perpetuar ciclos de solidão e frustração, contrastando com aqueles que encontram felicidade por meio de relações afetivas genuínas.