A tranquilidade de uma tarde comum de compras em Hermosillo, no estado de Sonora, no México, foi abruptamente interrompida por uma tragédia que abalou o país. No último sábado, 1º de outubro, uma violenta explosão em uma loja da rede Waldo’s 1 deixou pelo menos 23 pessoas mortas — entre elas, várias crianças — e outras 11 feridas. O que era para ser um momento de preparação para as celebrações do tradicional “Día de los Muertos” transformou-se em uma das cenas mais tristes e impactantes da história recente da região.
O governador de Sonora, Alfonso Durazo, confirmou o número de vítimas e declarou luto oficial em todo o estado. Em coletiva de imprensa, Durazo prometeu uma “investigação completa e transparente” sobre as causas da explosão, destacando que todos os esforços estão sendo direcionados para apoiar as famílias afetadas. “Não descansaremos até entender o que aconteceu e garantir que tragédias como esta nunca mais se repitam”, afirmou o governador, visivelmente emocionado.
A Secretaria de Segurança Pública do estado rapidamente descartou a hipótese de um ataque criminoso ou atentado deliberado. De acordo com as autoridades locais, os primeiros indícios apontam para um possível vazamento de gás dentro do estabelecimento, que teria sido suficiente para causar uma explosão devastadora. Imagens gravadas por testemunhas mostram o momento em que o prédio é tomado por chamas e uma densa nuvem de fumaça, enquanto clientes em pânico tentavam escapar do local.
O impacto foi tamanho que a estrutura da loja desabou parcialmente, atingindo veículos estacionados e lojas vizinhas. Equipes de resgate trabalharam durante toda a noite para localizar sobreviventes e remover os escombros. Bombeiros e paramédicos de toda a região foram acionados para ajudar na operação, em uma mobilização que envolveu mais de 200 profissionais. Um centro de apoio às famílias foi montado nas proximidades, oferecendo assistência psicológica e orientação para identificação das vítimas.
Entre os mortos, estão crianças que acompanhavam os pais nas compras e funcionários da loja que trabalhavam no momento da explosão. Moradores relataram que o estrondo pôde ser ouvido a vários quilômetros de distância. “Pensei que fosse um terremoto. O chão tremeu e, quando saí de casa, vi a fumaça cobrindo o céu”, contou Maria Elena Rivas, moradora da região central de Hermosillo. O clima na cidade é de consternação e tristeza: velas, flores e mensagens de solidariedade começaram a ser deixadas em frente às ruínas do prédio.
Especialistas em segurança industrial reforçam a necessidade de uma investigação rigorosa sobre as condições do local. Segundo o engenheiro e consultor de riscos, José Manuel Torres, explosões como essa geralmente são provocadas por falhas na manutenção de sistemas de gás ou armazenamento inadequado de produtos inflamáveis. “É fundamental compreender se havia irregularidades no cumprimento das normas de segurança. Cada detalhe técnico pode ajudar a prevenir futuras tragédias”, destacou.
Enquanto o governo promete respostas rápidas, a população exige justiça e mais rigor nas fiscalizações de estabelecimentos comerciais. Nas redes sociais, a hashtag #JusticiaParaHermosillo se espalhou rapidamente, acompanhada de mensagens de apoio às vítimas e cobranças por maior responsabilidade das empresas e autoridades locais. O caso, que acontece justamente na véspera de uma das datas mais simbólicas da cultura mexicana, o “Día de los Muertos”, adiciona um tom ainda mais doloroso à tragédia: um feriado tradicionalmente dedicado a honrar os falecidos se transformou, neste ano, em um luto coletivo que uniu todo o México em uma só voz de dor e solidariedade.





















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