A tranquilidade de Cambira, no Norte Central do Paraná, foi quebrada na madrugada deste sábado (1º), quando um crime brutal tirou a vida de Elisângela Gomes da Silva, de 44 anos. A mulher foi esfaqueada pelo marido durante uma discussão dentro da casa do casal, localizada na Rua Benedito Paranhos, região central do município.
De acordo com informações da Polícia Militar, vizinhos escutaram gritos durante a madrugada e acionaram as autoridades. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram Elisângela caída na calçada, com múltiplos ferimentos de faca e sinais de luta. Próximo ao corpo, havia várias peças de roupa espalhadas, indicando que a briga pode ter começado dentro da residência e se estendido até a rua.
A mulher ainda foi socorrida com vida e levada às pressas para o Hospital da Providência, em Apucarana, cidade vizinha a cerca de 15 km de Cambira. No entanto, apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu poucas horas depois de dar entrada na unidade.
O caso deixou a pequena cidade paralisada. Cambira, que tem pouco mais de 7 mil habitantes, amanheceu sob o peso da tragédia. “É uma dor que atravessa a alma. Ninguém consegue acreditar”, disse uma moradora que preferiu não se identificar. Segundo vizinhos, Elisângela era uma mulher alegre, trabalhadora e muito querida na comunidade.
O marido, apontado como autor do crime, fugiu logo após o ataque. A Polícia Militar realizou buscas pela região ao longo da manhã, com apoio da Polícia Civil e do canil de Apucarana, mas até o momento ele segue foragido. A faca usada no crime foi apreendida e encaminhada para a perícia.
A Polícia Civil de Apucarana, responsável pela investigação, trabalha com a principal hipótese de feminicídio — crime motivado por questões de gênero. De acordo com o delegado responsável, a discussão teria começado por um motivo banal, mas terminou de forma trágica. “As primeiras informações indicam que o casal discutia com frequência. Vamos ouvir familiares e testemunhas para entender o contexto da briga”, afirmou.
Este é mais um caso de violência doméstica que chama atenção no Paraná. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, em 2024 foram registrados mais de 80 casos de feminicídio — um número alarmante que reforça a urgência de políticas públicas voltadas à proteção da mulher.
Nas redes sociais, amigos e parentes lamentaram a morte de Elisângela. “Uma mulher de coração bom, que não merecia esse fim”, escreveu uma amiga próxima. Outra publicação dizia: “Que a justiça seja feita e que ela descanse em paz. Quantas mais vão precisar morrer pra que algo mude?”.
O corpo de Elisângela foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Apucarana e deve ser liberado para sepultamento ainda neste sábado.
Enquanto a cidade tenta compreender o ocorrido, a dor da perda e o sentimento de indignação permanecem. A tragédia de Cambira escancara, mais uma vez, uma ferida que o país insiste em não fechar: a violência contra a mulher, que segue fazendo vítimas e deixando famílias destruídas.





















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