Um episódio de violência doméstica que já chocou Sorriso ganhou um novo capítulo nesta semana: além das imagens que mostraram a agressão, surgiu um áudio — e prints de conversas — em que a mãe do suspeito faz ameaças diretas à família da vítima. O caso envolve Felipe Socio Moroni, 26 anos, preso em flagrante após agredir a esposa com um taco de sinuca dentro de uma vidraçaria local.
Segundo registros divulgados pela investigação, as câmeras de segurança captaram o momento em que Felipe atinge a mulher pelas costas. A vítima, desesperada, correu para outro cômodo pedindo socorro enquanto o agressor prosseguia com as ameaças. O episódio ocorreu na tarde de terça-feira (28) e, desde então, o caso está sob responsabilidade da Delegacia da Mulher de Sorriso.
A novidade que inflama ainda mais a situação foi a divulgação de um áudio em que Letice Socio Moroni, mãe de Felipe, profere ofensas e xingamentos, além de prometer violência caso a jovem não se afaste do filho dela. No trecho mais grave, Letice diz que faria qualquer coisa pelo filho e afirma, em tom de promessa: “Tira tua filha de perto do meu filho, senão eu vou matar vocês tudo! Eu mato! Nem que seja a última coisa que eu tiver que fazer! Nem que eu tiver que ir pra cadeia! Eu mato vocês tudo!”. Em outro momento, com invocações religiosas, ela chega a afirmar: “Eu sou da facção de Deus! Eu mato vocês tudo! Em nome de Jesus!”.
Além do áudio, há um print de troca de mensagens atribuído à mãe do agressor em que ela se descreve de forma ambígua: “boa igual dinheiro achado, mas ruim igual o capeta no inferno”, e conclui com a frase “pelos meus filhos eu mato e morro”. Esses elementos, segundo fontes policiais, reforçam a postura agressiva e a tensão entre as famílias envolvidas.
A vítima relatou às autoridades que as agressões físicas teriam sido recorrentes e que vive em constante medo. Em depoimento preliminar, ela detalhou episódios anteriores de violência e pediu medidas protetivas — pedidos que a Delegacia da Mulher analisa com prioridade. A prisão em flagrante de Felipe ocorreu logo após a agressão filmada; a cadeia de custódia do material audiovisual foi preservada para perícia.
Especialistas em violência doméstica consultados por veículos locais costumam lembrar que ameaças verbais e incitação à violência por familiares podem configurar crimes autônomos — como ameaça ou coação — além de agravar a situação do agressor principal em processos penais e de medidas protetivas. Autoridades policiais informaram que o conteúdo do áudio e das mensagens será anexado ao inquérito para subsidiar as investigações.
Enquanto o caso tramita, a comunidade de Sorriso acompanha com apreensão e preocupação. Organizações e coletivos locais que atuam no atendimento a mulheres vítimas de violência reforçam a importância de redes de apoio, denúncia e acompanhamento jurídico. Eles lembram que, em situações de risco, medidas como pedido de afastamento, proibição de contato e acolhimento psicológico são fundamentais.
O desfecho do processo dependerá das diligências da Delegacia da Mulher e do Ministério Público, que avaliarão as provas e poderão propor medidas cautelares ou ação penal. Por ora, além da prisão de Felipe, as mensagens e o áudio colocam em evidência outro problema: o papel de terceiros — familiares e cúmplices — que, com atitudes agressivas, ampliam o risco às vítimas.





















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