A Operação Contenção, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025, resultou em um confronto intenso nos complexos da Penha e do Alemão, deixando um saldo de 121 mortos. Até o momento, 99 corpos foram identificados oficialmente, com a maioria dos nomes divulgados pela corporação. No entanto, um detalhe chama atenção: entre os identificados, não consta nenhum dos nomes associados à figura conhecida como Japinha do CV, uma jovem que se destacou nas redes sociais por postar imagens armada e atuando como combatente do Comando Vermelho.
Japinha, cujo nome real seria algo como Maria Eduarda Santos ou Penélope, ganhou notoriedade ao exibir fuzis, coletes táticos e poses desafiadoras em perfis de redes sociais ligados à facção. Suas publicações, muitas vezes acompanhadas de mensagens provocativas contra a polícia, a transformaram em um símbolo de ousadia dentro do universo do crime organizado. A possibilidade de sua morte durante a operação policial rapidamente se espalhou, alimentada por imagens chocantes de um corpo desfigurado vestindo roupas semelhantes às que ela usava.
O que intriga é a ausência de confirmação oficial. A polícia divulgou que 78 dos identificados tinham passagem por tráfico de drogas e homicídio, e 42 possuíam mandados de prisão em aberto, mas nenhum desses perfis criminais foi ligado diretamente a Japinha. A falta de menção ao seu nome na lista gerou uma onda de especulações: estaria ela viva, escondida ou em fuga? Ou o corpo ainda aguarda identificação no Instituto Médico-Legal, entre os 22 que permanecem sem nome?
Nas redes sociais, o caso tomou proporções virais. Fotos do suposto corpo de Japinha circularam amplamente, muitas vezes manipuladas ou atribuídas erroneamente. Perfis falsos surgiram explorando a tragédia, vendendo camisetas, criando memes ou até mesmo fingindo ser familiares em busca de atenção. A mistura de desinformação e sensacionalismo transformou a jovem em uma espécie de mártir digital para alguns e alvo de deboche para outros, independentemente da veracidade dos fatos.
A operação policial, por sua vez, foi apresentada como um duro golpe contra o Comando Vermelho, com apreensões de armas, drogas e a neutralização de líderes locais. Ainda assim, a não identificação de Japinha mantém uma ponta de incerteza no desfecho do confronto. Enquanto o IML segue com os trabalhos, a história dela — real ou amplificada — continua alimentando debates sobre violência, exposição nas redes e o papel de figuras como ela no imaginário do crime no Rio.
Por ora, Japinha do CV permanece um mistério: morta ou viva, identificada ou não, seu nome ecoa além dos becos da Penha, simbolizando tanto o alcance do poder paralelo quanto os limites da repressão policial em um cenário de guerra urbana que parece não ter fim.





















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