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Suspeito de matar sargento da PM no Paraná é preso no Paraguai

5 dias atrás

O homem suspeito de matar o sargento da Polícia Militar do Paraná, Valmir Amâncio da Paz, foi finalmente preso no Paraguai, após quase dois anos foragido da Justiça brasileira. A captura ocorreu na manhã desta segunda-feira, dia 27 de outubro, durante uma operação de rotina do Departamento de Trânsito paraguaio. O suspeito, de 48 anos, estava sem documentos e tentou enganar as autoridades sobre sua identidade, mas acabou sendo identificado após consultas no sistema policial internacional, que confirmaram a existência de um mandado de prisão expedido no Brasil. A detenção encerra uma longa caçada que começou em 2023, após o brutal assassinato do sargento.

O crime que tirou a vida de Valmir Amâncio da Paz, de 54 anos, chocou a população de Rolândia, no Norte do Paraná. O sargento, um policial experiente e respeitado na corporação, foi morto a facadas em frente a um supermercado, em plena luz do dia. Segundo as investigações, o acusado teria atacado o militar durante uma discussão, desferindo golpes fatais antes de roubar seus pertences e fugir do local. O crime foi classificado como homicídio qualificado com roubo agravado, e desde então o suspeito era considerado um dos mais procurados da região.

Após o assassinato, o homem conseguiu escapar do país e cruzar ilegalmente a fronteira com o Paraguai, onde passou a viver escondido. Fontes ligadas à polícia informaram que ele se deslocava constantemente entre pequenas cidades para evitar ser reconhecido. A prisão ocorreu quando ele foi abordado em uma blitz de trânsito, sem portar qualquer identificação. Ao ser levado para averiguação, os agentes paraguaios descobriram que havia contra ele uma ordem de prisão brasileira com pena prevista de até 40 anos de reclusão.

A Polícia Nacional do Paraguai confirmou que o detido será extraditado para o Brasil nos próximos dias. A coordenação entre as autoridades dos dois países foi imediata, e o governo paraguaio garantiu total colaboração no processo. O suspeito está atualmente sob custódia em Assunção, aguardando os trâmites legais para o seu retorno ao território brasileiro. A Polícia Federal e a Polícia Militar do Paraná acompanham o caso de perto e já iniciaram os preparativos para a transferência.

Em Rolândia, a notícia da prisão foi recebida com alívio e emoção pela família do sargento Valmir. Desde o crime, parentes e colegas de farda mantinham viva a esperança de que o responsável seria capturado e levado à Justiça. Valmir era descrito como um policial dedicado, íntegro e comprometido com o serviço público. Ele deixou esposa, filhos e uma legião de amigos que até hoje lamentam a forma cruel com que perdeu a vida. A prisão do suspeito representa, para muitos, o primeiro passo em direção à justiça e ao fechamento de um ciclo de dor.

A população local também reagiu com forte repercussão nas redes sociais. Diversas mensagens expressaram alívio pela prisão e homenagens ao sargento assassinado. Muitos lembraram que Valmir atuava há mais de trinta anos na corporação e era conhecido por seu senso de dever e coragem. A comunidade policial do Paraná, por sua vez, comemorou a captura do fugitivo como uma vitória da perseverança investigativa e da cooperação internacional. Para os colegas de farda, o caso simboliza o compromisso da instituição em não deixar impunes os crimes cometidos contra seus integrantes.

O crime que ceifou a vida do sargento também gerou debates sobre a segurança dos agentes públicos e a facilidade de fuga de criminosos pelas fronteiras brasileiras. A região de fronteira entre o Paraná e o Paraguai é historicamente usada por fugitivos para escapar da Justiça, aproveitando a extensão territorial e a dificuldade de monitoramento constante. Autoridades afirmam que o caso reforça a necessidade de integração entre as forças policiais dos dois países e de investimentos em tecnologia de rastreamento e cooperação internacional.

Durante a investigação, a Polícia Civil do Paraná reuniu diversas provas que confirmaram a autoria do crime. Testemunhas que presenciaram o ataque em frente ao supermercado reconheceram o acusado nas imagens das câmeras de segurança. O homem teria fugido em um veículo roubado logo após o crime e abandonado o carro em uma estrada rural, antes de seguir para o Paraguai. As imagens de vigilância foram cruciais para a emissão do mandado de prisão e para o posterior monitoramento das suas possíveis rotas de fuga.

A prisão no Paraguai foi resultado de uma ação conjunta entre as autoridades locais e as forças de segurança brasileiras, que mantiveram contato constante desde a descoberta do paradeiro do suspeito. O Departamento de Polícia Internacional (Interpol) também foi acionado, facilitando a verificação de dados e o reconhecimento da identidade do foragido. Agora, com o processo de extradição em andamento, espera-se que ele responda à Justiça brasileira e cumpra a pena pelos crimes cometidos.

O caso de Valmir Amâncio da Paz, embora marcado por dor e perda, também se tornou um exemplo de persistência policial e de cooperação entre países vizinhos. A captura do assassino encerra uma longa espera e devolve à família e à corporação um sentimento de justiça. O sargento, lembrado por sua bravura e compromisso com a sociedade, tem agora sua memória honrada pela conclusão de um caso que mobilizou autoridades e comunidade. A esperança é que a prisão sirva como resposta à impunidade e como lembrete de que, por mais tempo que passe, a justiça sempre encontra seu caminho.


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