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Trapezista que se apresentava em circo do Sergipe perde a vida de forma trágica

2 horas atrás

Uma noite que deveria ser de alegria e encantamento terminou em profunda tristeza no pequeno município de Cumbe, no agreste sergipano. O sábado (25/10) ficou marcado por uma tragédia no Circo São Geraldo, onde a jovem trapezista Vademirian Alves de Carvalho Marques, conhecida pelo público como Mirinha Carvalho, perdeu a vida após sofrer uma queda durante sua apresentação. Ela tinha apenas 28 anos.

De acordo com informações repassadas pela equipe do circo, o acidente aconteceu por volta das 21h, quando Mirinha executava um número aéreo que fazia parte do espetáculo principal da noite. O público, que lotava o local — entre famílias, crianças e visitantes da região —, assistiu em choque ao momento em que a artista despencou de uma altura aproximada de 10 metros.

“Foi tudo muito rápido. Um segundo ela estava lá em cima, sorrindo, e no outro… caiu. O silêncio que ficou foi de arrepiar”, contou uma das espectadoras, emocionada, ao portal local Sergipe Notícias.

A equipe do Circo São Geraldo agiu imediatamente. Mirinha foi socorrida ainda consciente por colegas de trabalho e levada em uma ambulância para o Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, município vizinho. No entanto, apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu poucas horas depois.

Nas redes sociais, a notícia se espalhou rapidamente e gerou uma onda de comoção. Amigos, artistas e fãs publicaram mensagens de despedida e solidariedade. “Perdemos uma estrela do picadeiro. Mirinha era dedicada, sonhadora e apaixonada pelo que fazia”, escreveu um colega de circo em seu perfil no Instagram.

Mirinha era natural de Itabaiana, mas viajava com o Circo São Geraldo há cerca de quatro anos. Quem convivia com ela conta que a artista começou a treinar acrobacias ainda adolescente, inspirada por uma prima que também trabalhava com apresentações aéreas. “Ela tinha medo de altura no começo, acredita? Mas dizia que queria voar como os pássaros. E voou”, relembra um amigo próximo.

O corpo da trapezista será velado neste domingo (26) em sua cidade natal, onde familiares aguardam a chegada do corpo para o último adeus. A prefeitura de Itabaiana divulgou uma nota lamentando a morte da artista e prestando solidariedade aos familiares.

Enquanto isso, o Circo São Geraldo anunciou a suspensão temporária das apresentações e informou que está colaborando com as autoridades na apuração das causas do acidente. Técnicos deverão avaliar se houve falha nos equipamentos de segurança ou erro humano.

Infelizmente, acidentes com artistas circenses ainda são mais comuns do que se imagina. Em 2023, uma acrobata morreu em situação semelhante durante um show no interior de São Paulo, reacendendo o debate sobre as condições de segurança e o suporte médico disponível nesses eventos.

A perda de Mirinha Carvalho deixa uma lacuna no mundo circense, mas também serve como um alerta sobre a importância de reforçar medidas de proteção para quem vive levando arte e emoção às cidades do interior. No coração de quem assistiu àquele espetáculo interrompido, fica a lembrança de uma mulher que viveu intensamente o sonho de encantar o público — e que agora, como muitos disseram nas redes, “segue brilhando nas alturas”.
 


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