O domingo, que prometia ser tranquilo em uma rádio comunitária do Centro-Oeste de Minas, terminou em confusão e manchete nacional. Durante a transmissão do programa “Domingão do Jesão”, na Rádio Canastra FM, o veterano apresentador Jésus de Carvalho Chaves, de 83 anos, falava sobre a restauração de peças e pinturas sacras quando foi surpreendido por uma visita nada cordial. O padre Edson Augusto Teixeira, de 55 anos, da Paróquia Sant’Ana, entrou no estúdio e interrompeu o programa de forma brusca, iniciando uma discussão que rapidamente saiu do controle.
Segundo o boletim da Polícia Militar, o religioso não apenas invadiu o local sem autorização, como também empurrou o locutor, que acabou caindo e se ferindo. Jésus relatou ainda ter sido agredido novamente quando tentou se levantar. O episódio, digno de novela, teve até registro em áudio — que, claro, viralizou nas redes sociais poucas horas depois.
O caso virou o assunto mais comentado da região e dividiu opiniões entre fiéis e ouvintes. De um lado, há quem veja a atitude do padre como um descontrole inaceitável; de outro, há os que acreditam que o radialista exagerou nas críticas à obra de restauração, tratando com pouca sensibilidade um tema religioso.
Jésus, que há mais de cinco décadas comanda programas de rádio na cidade, afirmou à imprensa local que jamais teve a intenção de ofender a Igreja. “Eu apenas disse o que todos comentam: a restauração descaracterizou as imagens antigas. Falei como cidadão e como alguém que ama a história da nossa paróquia”, disse ele, visivelmente abalado. O apresentador foi levado ao hospital municipal, onde recebeu atendimento por ferimentos leves.
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A Rádio Canastra FM, por sua vez, divulgou uma nota de repúdio ao ocorrido, reforçando o compromisso com a liberdade de expressão e com o respeito mútuo entre os participantes da comunidade. “Nossos estúdios sempre estarão abertos ao diálogo, nunca à violência”, destacou o texto publicado nas redes sociais da emissora.
Já a Diocese de Luz, responsável pela Paróquia Sant’Ana, declarou que acompanha o caso e irá apurar o comportamento do padre Edson Augusto. Em nota, a Diocese afirmou lamentar o episódio e reafirmou que qualquer ato de agressão vai contra os princípios cristãos.
Enquanto a investigação segue, o “Domingão do Jesão” — que até então tinha uma audiência modesta, típica de rádios comunitárias — virou fenômeno. O trecho da confusão já circula em aplicativos de mensagens e até memes começaram a aparecer, transformando o episódio em pauta nacional.
Mas, por trás do tom de curiosidade que domina as redes, há uma discussão mais profunda: até que ponto a crítica pública, mesmo feita com respeito, pode incomodar figuras de autoridade? E quando o limite da fé se confunde com o da liberdade de expressão?
Entre microfones, devoção e vaidades, o caso da Rádio Canastra FM expõe a delicada linha que separa o sagrado do pessoal. No fim das contas, o que era para ser um simples comentário sobre arte sacra se transformou num retrato do Brasil atual — onde tudo pode virar polêmica, e onde a emoção, mais uma vez, falou mais alto do que a razão.





















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