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Polícia encontra crânios e ossos humanos em apartamento

2 semanas atrás

Um cenário digno de filme de terror chocou os moradores do Jardim Paulista, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo, na manhã deste sábado (18). A Polícia Militar encontrou mais de dez crânios e diversos outros ossos humanos dentro de um apartamento localizado na Rua Guarará. O caso, que levantou inúmeras dúvidas e teorias, está sendo tratado com cautela pelas autoridades, que investigam a origem dos restos mortais e a possível ligação do morador com práticas macabras.

Segundo informações iniciais da Polícia Militar, os ossos estavam espalhados em diferentes cômodos do imóvel, junto a fotografias antigas em preto e branco e uma caixa lacrada. A suspeita é de que os restos mortais tenham sido furtados de cemitérios da capital paulista, o que aponta para um possível caso de violação de sepulturas — crime que vem chamando a atenção das autoridades nos últimos meses. O local foi isolado para perícia e os materiais recolhidos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para análise detalhada.

O apartamento, segundo registros da Secretaria da Segurança Pública (SSP), pertencia a um homem que morreu no último dia 13. A identidade dele não foi divulgada, e a causa da morte ainda não foi informada oficialmente. Fontes ligadas à investigação relataram que o falecido vivia sozinho e mantinha um estilo de vida reservado, com pouca interação com os vizinhos. A descoberta dos ossos ocorreu quando um parente do proprietário foi ao local para retirar alguns pertences pessoais e se deparou com o cenário assustador.

O familiar, em choque, acionou imediatamente a Polícia Militar, que enviou equipes do 9º Batalhão para atender à ocorrência. “Quando chegamos, percebemos que havia dezenas de ossos humanos organizados de forma estranha, alguns até dispostos sobre mesas. Foi uma das cenas mais perturbadoras que já presenciamos”, relatou um dos policiais que participou da ação. O conteúdo da caixa lacrada ainda não foi revelado, mas segundo fontes da PM, pode conter mais restos humanos ou objetos de valor investigativo.

A principal hipótese até o momento é de que o material tenha sido furtado de cemitérios da cidade de São Paulo, possivelmente para fins ritualísticos, colecionismo ou práticas ocultistas. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as investigações e deve cruzar registros de vandalismo e furtos em necrópoles com o período em que o morador vivia no endereço. O caso também levantou o debate sobre o comércio ilegal de ossadas humanas, que, embora raro, já foi alvo de investigações em outras capitais brasileiras.

Moradores da região, conhecida por sua tranquilidade e alto padrão, ficaram em estado de choque com a revelação. “Nunca imaginamos algo assim aqui. Era uma pessoa muito discreta, sempre de cabeça baixa. Às vezes chegava tarde, mas nada que chamasse atenção”, disse uma vizinha, que preferiu não se identificar. A síndica do prédio informou que o apartamento não apresentava irregularidades e que o homem pagava o condomínio em dia. Apesar disso, todos os moradores foram orientados a evitar o andar até o fim da perícia.

Enquanto a polícia tenta desvendar o mistério por trás do apartamento do horror, a população acompanha com apreensão os desdobramentos do caso. O Instituto Médico Legal deve divulgar nos próximos dias o laudo que poderá confirmar a origem dos ossos e, possivelmente, identificar as vítimas. O caso também reacende o alerta sobre a segurança dos cemitérios e o controle do tráfico de restos mortais no país. Até o momento, nenhum suspeito foi preso, e o enigma que envolve a macabra descoberta segue sem respostas, intrigando tanto os investigadores quanto a população paulistana.


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