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Pai gera polêmica ao se casar com a própria filha

2 semanas atrás

Um caso que parece ter saído de um roteiro de filme polêmico vem provocando indignação e perplexidade nos Estados Unidos. Na pequena cidade de St. Paul, no estado de Nebraska, um homem de 40 anos decidiu se casar com a própria filha biológica, uma jovem de 21. A história, que rapidamente se espalhou pela imprensa americana e pelas redes sociais, reacendeu o debate sobre o incesto — prática proibida por lei na maioria dos países, mas que ainda encontra defensores em algumas comunidades e fóruns online.

O homem em questão é Travis Fieldgrove, que iniciou contato com a filha, Samantha Kershner, quando ela tinha apenas 17 anos. Segundo as investigações, o relacionamento começou de forma aparentemente inofensiva, com trocas de mensagens e encontros ocasionais, até evoluir para um envolvimento emocional e sexual. Três anos depois, o pai e a filha decidiram oficializar a união em cartório, sem imaginar que o ato traria consequências graves.

Dias após a cerimônia, a polícia americana foi informada sobre o casamento e intimou o casal a prestar depoimento. A denúncia chegou às autoridades por meio de um informante anônimo que alegou ter provas do parentesco entre os dois. Nos Estados Unidos, o incesto é considerado crime em 49 dos 50 estados, e no Nebraska as punições podem variar entre dois e oito anos de prisão, dependendo das circunstâncias e do grau de parentesco.

De acordo com o advogado do casal, Jeff Loeffler, Samantha “não é vítima” e ambos “tinham plena consciência do que estavam fazendo”. O defensor alegou que a jovem era maior de idade e que o relacionamento foi consensual, mas reconheceu que se tratava de um ato ilegal e moralmente controverso. A defesa ainda afirmou que Travis possui problemas mentais e que se mostrou “profundamente envergonhado e arrependido” após o caso vir à tona.

A repercussão foi imediata. Jornais locais e programas de televisão dos Estados Unidos classificaram o episódio como “chocante” e “perturbador”. Nas redes sociais, internautas se dividiram entre críticas severas e comentários curiosos sobre a complexidade psicológica por trás da história. Especialistas em comportamento humano apontam que casos assim, embora raros, podem estar ligados a um fenômeno conhecido como “atração genética sexual” (GSA) — uma ligação emocional e física intensa que pode surgir entre parentes próximos que passam longos períodos afastados.

Apesar das tentativas de justificativa, o caso levanta uma discussão mais ampla sobre os limites da liberdade individual e da moralidade social. Embora o casal alegue amor verdadeiro, especialistas lembram que o incesto é proibido não apenas por questões morais, mas também por razões biológicas e legais — já que uniões desse tipo podem gerar filhos com alta probabilidade de doenças genéticas. Além disso, o relacionamento fere princípios éticos fundamentais que visam proteger a estrutura familiar e social.

Enquanto o processo segue na Justiça do Nebraska, Travis e Samantha aguardam a sentença em liberdade condicional. A história, que rapidamente se tornou viral, continua dividindo opiniões e expondo as contradições entre o amor, a lei e os costumes. O caso serve como alerta para a necessidade de discutir temas delicados com responsabilidade, lembrando que nem todo sentimento pode ser transformado em direito — e que há fronteiras que, por mais controversas que sejam, existem para proteger os próprios indivíduos e a sociedade como um todo.


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