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Funcionária de escola perde a vida após ser agredida por aluna

2 semanas atrás

Um episódio trágico abalou o estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, na noite da última quarta-feira (15). Amy Morrell, de 53 anos, funcionária dedicada da Meadowridge Academy, morreu após ser agredida por uma adolescente de 14 anos dentro das instalações da escola terapêutica, localizada na cidade de Swansea.

Segundo as autoridades locais, o incidente ocorreu nos dormitórios da instituição, por volta das 19h. Amy tentou impedir que a jovem deixasse o local sem autorização — um procedimento de segurança comum em centros de apoio psicológico e comportamental. Durante a tentativa de contê-la, a adolescente desferiu um chute violento no peito da funcionária, que caiu ao chão e passou mal poucos instantes depois.

A equipe médica da escola agiu rapidamente e acionou os serviços de emergência, mas Amy não resistiu. Ela chegou a ser levada para um hospital próximo, onde foi declarada morta. A notícia abalou profundamente funcionários, alunos e familiares, que descreveram Amy como uma mulher “paciente, empática e apaixonada pelo trabalho com jovens em vulnerabilidade”.

A Meadowridge Academy é uma instituição voltada a adolescentes com transtornos emocionais, de comportamento e de saúde mental. O centro oferece acompanhamento terapêutico, escolarização e programas de reintegração social. De acordo com a direção da escola, Amy trabalhava no local há mais de uma década e era considerada uma profissional exemplar.

Em comunicado publicado na manhã de quinta-feira (16), a direção da Meadowridge expressou pesar e destacou a trajetória da funcionária:

“Amy Morrell dedicou sua vida a ajudar jovens em momentos difíceis. Sua perda é incalculável para nossa comunidade e para todos que tiveram o privilégio de conhecê-la.”

As autoridades locais abriram uma investigação para apurar as circunstâncias da agressão e determinar se houve falhas nos protocolos de segurança. A adolescente envolvida foi detida e encaminhada a um centro juvenil especializado, onde está sob observação psicológica. Por ser menor de idade, sua identidade não foi divulgada.

O caso reacende o debate sobre os riscos enfrentados por profissionais que atuam em instituições de apoio a jovens com distúrbios comportamentais. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Massachusetts, incidentes de agressão em escolas terapêuticas e centros de acolhimento têm aumentado nos últimos anos, especialmente após a pandemia, que agravou os índices de ansiedade e instabilidade emocional entre adolescentes.

Em entrevista à emissora local WBZ News, uma ex-colega de Amy afirmou que o episódio reflete a sobrecarga enfrentada pelos profissionais da área:

“Esses trabalhadores estão na linha de frente de situações complexas, muitas vezes sem o suporte adequado. Amy era uma pessoa calma, sabia lidar com crises, mas infelizmente algo saiu do controle.”

Familiares de Amy pediram privacidade e agradeceram pelas mensagens de solidariedade recebidas. Em uma breve nota publicada por um parente, lê-se: “Ela acreditava que cada jovem merecia uma nova chance. É doloroso imaginar que perdeu a vida tentando proteger alguém.”

A polícia de Swansea segue investigando o caso e deve divulgar um relatório oficial nos próximos dias. Enquanto isso, a comunidade local organiza uma vigília em memória de Amy Morrell, marcada para o próximo sábado, em frente à Meadowridge Academy — um gesto simbólico para homenagear quem dedicou sua vida a cuidar dos outros, mesmo diante dos desafios mais imprevisíveis.


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