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Lula escolhe novo ministro para vaga no STF

2 semanas atrás

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem um nome definido para ocupar a vaga que será deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com informações do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o escolhido é o atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias — um dos auxiliares mais próximos de Lula e figura de confiança dentro do governo.

A expectativa em Brasília é que o anúncio oficial seja feito ainda nas próximas horas. Após a divulgação, Messias será submetido a uma sabatina no Senado Federal, etapa obrigatória antes da confirmação do nome ao cargo. Se aprovado pela maioria dos senadores, ele assumirá uma das cadeiras mais importantes do Judiciário brasileiro, tornando-se o novo ministro do STF.

A escolha de Jorge Messias não surpreende os bastidores políticos. Conhecido por sua discrição e perfil técnico, o ministro sempre manteve uma postura de lealdade ao presidente e ao Partido dos Trabalhadores. Dentro do Planalto, seu nome era visto como “natural” para a sucessão de Barroso, especialmente por contar com o apoio direto de lideranças petistas e pela sua experiência jurídica consolidada.

Messias, que ficou nacionalmente conhecido durante o governo Dilma Rousseff, quando atuou como subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, tem trajetória marcada por fidelidade institucional e postura conciliadora. Nos últimos meses, sua atuação à frente da AGU foi elogiada por ministros e por parte da oposição, especialmente pela forma como conduziu temas sensíveis envolvendo o Executivo e o Judiciário.

A vaga no Supremo será aberta oficialmente no sábado, dia 18, quando passa a valer a aposentadoria voluntária de Luís Roberto Barroso, anunciada na semana passada, em uma sessão plenária repleta de emoção. Aos 67 anos, Barroso decidiu deixar a Corte por vontade própria — sete anos antes da aposentadoria compulsória, que ocorre aos 75.

A saída de Barroso acontece pouco tempo depois de ele ter encerrado o seu mandato como presidente do STF, no último dia 29 de setembro. Em seu discurso de despedida, o magistrado destacou a importância de “renovar a instituição com novas mentes e novos olhares”, frase que muitos interpretaram como um recado sutil sobre a transição que se aproximava.

Com a nomeação de Jorge Messias, Lula reforça a sua influência na Suprema Corte, já que esta será a terceira indicação feita por ele desde o início do atual mandato — as anteriores foram Cristiano Zanin e Flávio Dino. O movimento consolida a marca de um governo que busca, segundo aliados, equilibrar o perfil técnico com a afinidade política.

Nos bastidores do Senado, a expectativa é de que Messias enfrente uma sabatina tranquila, com poucas resistências. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou que pretende agilizar o processo. “É um nome respeitado e com ampla experiência no serviço público”, afirmou um líder governista.

Enquanto isso, o ambiente político observa atentamente os próximos passos. A nova composição do STF poderá influenciar decisões cruciais nos próximos anos, especialmente em temas sensíveis ao governo, como a reforma tributária, o marco temporal das terras indígenas e o equilíbrio entre os poderes.

Com a provável chegada de Jorge Messias ao Supremo, Lula não apenas preenche uma cadeira importante, mas também consolida um legado jurídico alinhado à sua visão institucional e à busca por estabilidade entre os Três Poderes.


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