A dor que tomou conta de São Miguel do Oeste, no Oeste catarinense, nesta semana é daquelas que não se explicam com palavras. A pequena Antonella Valentina Lamb Garbini, de apenas 10 meses, faleceu na tarde de terça-feira (14), após lutar bravamente por dias na UTI Neonatal do Hospital Regional do Oeste, em Chapecó. A bebê havia sofrido uma parada cardiorrespiratória na Creche Mundo Novo na última sexta-feira (10), e desde então sua história comoveu toda a região.
Durante o período de internação, uma onda de solidariedade se formou nas redes sociais e nas ruas da cidade. Milhares de moradores, de diferentes crenças e idades, se uniram em correntes de oração e vigílias de fé, acreditando na recuperação da menina que passou a ser símbolo de esperança. Nas igrejas, escolas e até no comércio local, o nome de Antonella ecoava como uma súplica coletiva por um milagre.
A mãe da bebê, Jéssica Lamb, emocionou-se ao agradecer pelas mensagens de apoio recebidas. Em uma nota breve, mas repleta de sentimento, ela pediu que as pessoas continuem orando e enviando boas energias, como forma de homenagear a filha e confortar o coração da família. “Cada oração nos sustentou nesses dias de aflição. Agradecemos por tanto carinho”, escreveu.
Mesmo diante da dor inimaginável, a família tomou uma decisão de profundo amor: autorizou a doação dos órgãos de Antonella, gesto que deve salvar outras vidas. O ato transformou o luto em esperança, e a despedida da bebê passou a carregar também um sentido de renovação. Autoridades locais e profissionais de saúde destacaram a coragem dos pais, lembrando que a doação de órgãos em casos pediátricos é um ato raro e de grande importância para o sistema de transplantes.
A Secretaria Municipal de Educação, a direção da creche e professores têm oferecido apoio integral à família, além de acompanhamento psicológico aos funcionários e às demais famílias das crianças atendidas na instituição. Segundo relatos, o ambiente escolar ficou em silêncio após a notícia. “Ela era um anjinho entre nós. Sempre sorridente, conquistava todos com o olhar”, contou uma das educadoras, visivelmente emocionada.
A tragédia também trouxe à tona um debate sobre primeiros socorros em creches e o preparo de profissionais para agir em situações emergenciais. Embora o caso ainda esteja sob investigação, especialistas reforçam a importância da capacitação contínua e da presença de equipes treinadas para lidar com paradas cardiorrespiratórias em bebês, nas quais cada segundo faz diferença.
Nas redes sociais, a hashtag #ForçaAntonella se transformou em uma corrente de amor. Mensagens de moradores da região e de outras cidades do estado demonstram como a breve vida da menina tocou corações. “Ela uniu uma cidade inteira em oração. Antonella nos lembrou do poder da fé e da empatia”, escreveu uma moradora de Chapecó.
Agora, São Miguel do Oeste se despede de Antonella com flores brancas, velas e orações, em um gesto coletivo de amor e respeito. Sua história deixa uma marca de união e humanidade que dificilmente será esquecida.
Antonella partiu cedo demais, mas sua breve passagem pela Terra se transformou em um testemunho de fé, compaixão e esperança — um lembrete de que, mesmo nas maiores dores, o amor ainda é o que salva.





















Menina de 9 anos é levada à força após sair da escola e homem faz o pior
Mãe de três filhos não resiste e perde a vida após marido fazer o pior com ela
Jovem de 15 anos perde a vida de maneira trágica e causa comoção
Roberto Kovalick estreia no Jornal Hoje cobrindo furacão Melissa no Caribe
Famílias lidam com perdas e emoções após operação no Rio de Janeiro
Irmã de “Japinha morta no Rio de Janeiro ” pede homenagens com fotos felizes após morte em operação