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Avô do menino Arthur foi o responsável por fazer importante confirmação após corpo ser encontrado em rio no PR

2 semanas atrás

O desaparecimento do pequeno Arthur da Rosa Carneiro, de apenas dois anos, comoveu a cidade de Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná. Desde a última quinta-feira, dia 9 de outubro, familiares, amigos, bombeiros e voluntários se uniram em uma grande mobilização na esperança de encontrar o menino com vida. A busca intensa, que se estendeu por vários dias, chegou a um fim trágico na quarta-feira, 15 de outubro, quando o corpo da criança foi encontrado no Rio Tibagi. A notícia abalou profundamente toda a comunidade, que acompanhava o caso com apreensão e solidariedade.

O corpo foi localizado por um pescador que estava às margens do rio. Ele contou às autoridades que estava rezando quando ouviu um barulho vindo da água. Ao se aproximar para verificar, percebeu tratar-se de um corpo infantil e imediatamente acionou o Corpo de Bombeiros. As equipes chegaram rapidamente ao local e confirmaram que o corpo era compatível com as características do menino desaparecido. A área foi isolada para que os peritos da Polícia Científica realizassem as análises necessárias, enquanto familiares eram informados sobre o achado.

A confirmação de que o corpo era realmente de Arthur veio por meio do avô do menino, que foi chamado para fazer o reconhecimento. Segundo informações divulgadas pelo portal Ric Record, o avô reconheceu o neto e, com muita emoção, confirmou sua identidade. O momento foi descrito como de dor e desespero, mas também de encerramento de uma busca que já durava seis dias. O idoso, que acompanhou as buscas desde o início, declarou que mantinha a fé de reencontrar o neto, mas acabou sendo confrontado com a dura realidade.

De acordo com a Polícia Civil do Paraná, a perícia inicial não encontrou marcas visíveis de violência no corpo de Arthur. Essa constatação ajuda a afastar algumas das hipóteses levantadas nos primeiros dias do desaparecimento, sugerindo que a morte possa ter ocorrido por causas acidentais. A Polícia Científica, no entanto, segue realizando exames detalhados para identificar a causa exata da morte. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa, onde será submetido a análises complementares antes da liberação para sepultamento.

Os pais de Arthur compareceram na manhã desta quinta-feira, dia 15, à sede da Polícia Científica para a coleta de material genético. O exame de DNA é um procedimento padrão que deve confirmar oficialmente a identidade do menino, apesar do reconhecimento visual já realizado pelo avô. Em virtude do avançado estado de decomposição, as autoridades informaram que não será possível realizar um velório aberto. O enterro ocorrerá assim que o corpo for liberado pelo IML, em cerimônia restrita aos familiares mais próximos.

O caso está sob investigação da Polícia Civil do Paraná e da Polícia Científica, com apoio do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). Até o momento, quinze pessoas foram ouvidas no inquérito, entre elas familiares, vizinhos e pessoas que participaram das buscas. O trecho do rio onde o corpo foi encontrado fica a cerca de oitenta metros do ponto em que havia sido localizada a mamadeira do menino, um detalhe que chamou a atenção dos investigadores e reforça a linha de que Arthur possa ter caído acidentalmente na água.

Moradores da região continuam consternados com a tragédia. Durante os dias de busca, muitos voluntários se mobilizaram de forma espontânea para ajudar, vasculhando áreas de mata, margens do rio e propriedades vizinhas. A união da comunidade foi um reflexo do carinho e da preocupação com o destino da criança. Após a confirmação da morte, manifestações de pesar se multiplicaram nas redes sociais, com mensagens de apoio à família e homenagens ao pequeno Arthur, que teve sua vida interrompida de forma tão precoce.

Autoridades locais e equipes de resgate aproveitaram o caso para reforçar alertas sobre a importância de cuidados redobrados com crianças em áreas próximas a rios, lagos e córregos. Mesmo sob vigilância, acidentes podem ocorrer rapidamente, principalmente em locais onde o terreno é irregular ou o acesso à água é fácil. O episódio serviu como um triste lembrete dos riscos que ambientes naturais podem representar, exigindo atenção constante de pais e responsáveis.

Em meio à dor, a família de Arthur agradeceu o apoio recebido da população e das equipes que participaram das buscas. O avô, em depoimento emocionado, afirmou que o encontro do corpo, apesar de devastador, foi também um alívio por encerrar a angústia da incerteza. Ele disse que seguirá rezando pelo neto e que acredita que o menino agora está em paz. A comunidade de Tibagi se une ao luto da família, compartilhando o sofrimento e prestando homenagens silenciosas.

Enquanto os laudos finais não são divulgados, as investigações continuam. A Polícia Civil mantém o caso em sigilo parcial até a conclusão de todas as análises técnicas. O desfecho oficial deve ser apresentado nos próximos dias, mas, para a família e os moradores, a dor já está consolidada. O pequeno Arthur da Rosa Carneiro, que por dias foi símbolo de esperança e mobilização, passa a ser lembrado como um anjo que deixou uma marca profunda em toda a cidade de Tibagi.


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