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Esses são os estudantes baleados e mortos em ataque de escola no (CE)

2 horas atrás

A manhã desta quinta-feira (25) em Sobral, no interior do Ceará, foi marcada por cenas de dor e desespero que abalaram não apenas a comunidade escolar, mas toda a população da cidade. Dois jovens, identificados como Vitor Guilherme, conhecido como “VG”, e Cláudio (sobrenome não divulgado), perderam a vida após serem baleados dentro da Escola Estadual Luiz Felipe, onde estudavam. O episódio, ocorrido em plena rotina escolar, transformou um espaço de aprendizado em palco de violência, deixando famílias devastadas e levantando questões urgentes sobre segurança nas instituições de ensino.

De acordo com relatos de testemunhas, os disparos foram feitos por criminosos que estavam do lado de fora da escola, em direção ao pátio onde dezenas de estudantes se reuniam no intervalo entre as aulas. A ação, rápida e inesperada, gerou pânico generalizado. Professores, alunos e funcionários correram em busca de abrigo, sem compreender de imediato o que estava acontecendo. “Foi uma cena de terror, nunca imaginei viver algo assim dentro da escola”, disse uma funcionária que preferiu não se identificar.

Além das duas mortes confirmadas, o ataque deixou pelo menos três estudantes feridos, que foram socorridos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para unidades de saúde da região. Até o fechamento desta matéria, não havia informações atualizadas sobre o estado de saúde desses jovens. A ausência de detalhes oficiais aumenta a angústia de familiares e colegas, que aguardam com apreensão qualquer notícia sobre o quadro clínico dos feridos.

O impacto emocional entre os alunos é evidente. Muitos deles relataram medo de voltar às aulas após o episódio. Um colega das vítimas desabafou sobre o clima de insegurança que se instaurou. “Não dá nem mais ânimo de vir, porque a gente sabe que pode estar correndo risco”, afirmou. A direção da escola suspendeu temporariamente as atividades, enquanto as autoridades de segurança reforçam a investigação sobre os responsáveis pelo ataque. Até agora, não há confirmação sobre a identidade dos autores nem sobre as motivações que levaram à ação criminosa.

A Escola Estadual Luiz Felipe atende exclusivamente estudantes do ensino médio e, segundo dados do Censo Escolar 2024, possui 1.159 alunos matriculados. A instituição sempre foi considerada uma referência no município, pela qualidade do ensino e pelo compromisso social, mas agora carrega a marca de uma tragédia que expõe a vulnerabilidade de ambientes que deveriam ser sinônimos de proteção e aprendizado. O tiroteio reacende, também, a lembrança de outro episódio trágico ocorrido em Sobral, em 2022, quando um adolescente de 15 anos foi baleado por um colega dentro de uma escola da cidade.

Especialistas em segurança e educação reforçam que casos como esse revelam a necessidade de medidas mais efetivas de prevenção. Entre as alternativas estão a instalação de sistemas de monitoramento mais modernos, a presença de equipes de segurança nos entornos escolares e, sobretudo, a criação de políticas públicas que abordem a violência juvenil de maneira ampla. “Não basta apenas reagir após uma tragédia. É preciso atuar de forma preventiva, investindo em apoio psicológico, inclusão social e estratégias de mediação de conflitos”, explica a socióloga e pesquisadora em segurança pública, Marina Barros.

Enquanto as investigações seguem em curso, duas famílias enfrentam a dor irreparável da perda de filhos ainda na juventude, cujos sonhos foram interrompidos de forma brutal. Amigos e parentes de Vitor Guilherme e Cláudio prestam homenagens nas redes sociais, lembrando-os como jovens alegres, dedicados e cheios de planos para o futuro. Em meio ao luto coletivo, fica também o clamor por justiça e a cobrança para que novas tragédias não voltem a se repetir em Sobral ou em qualquer outra cidade do país. Afinal, a escola deve ser espaço de esperança, e não de medo.


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