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Jovens tiram selfie tranquilamente o que elas não sabiam é que morreriam em seguida

20 minutos atrás

Uma história de dor e reflexão voltou a repercutir nas redes sociais nesta terça-feira, 23 de setembro, ao relembrar o acidente que, em 2011, interrompeu precocemente a vida de três adolescentes no estado de Utah, nos Estados Unidos. A tragédia, marcada pela fatalidade e pela imprudência juvenil, envolveu as amigas Essa Ricker, Kelsea Webster e Savannah Webster, que foram atingidas por um trem enquanto tiravam uma selfie nos trilhos. Mais de uma década depois, o episódio segue sendo compartilhado em fóruns e páginas de memória, levantando discussões sobre segurança, riscos e a efemeridade da vida.

O caso chamou atenção mundial na época por reunir todos os elementos de um drama moderno: a busca por registros fotográficos, o fascínio juvenil pela aventura e a falta de percepção sobre os riscos. As jovens não perceberam a aproximação de uma segunda locomotiva em alta velocidade, já que seus olhares estavam voltados para a primeira, que passava no sentido contrário. O desfecho foi devastador: o impacto foi inevitável, e duas das amigas morreram instantaneamente. Savannah, a mais nova, chegou a ser socorrida, mas faleceu horas depois, deixando a família e toda a comunidade local em choque.

A mãe das irmãs Webster, Jayna, relatou a dor irreparável em um blog pessoal, que ganhou repercussão por sua sinceridade e intensidade emocional. Em suas palavras, despedir-se da filha mais nova foi como abrir mão de “um anjo que andou entre nós”. O depoimento, publicado dias após a tragédia, tornou-se um documento de luto coletivo, em que outras mães compartilharam medos semelhantes e lembranças dolorosas. Jayna descreveu cada instante ao lado de Savannah nos últimos momentos de vida, revelando um retrato íntimo da fragilidade humana diante da morte súbita.

As imagens que surgiram após o acidente também contribuíram para a comoção pública. Uma foto registrada segundos antes do impacto mostra o farol da locomotiva se aproximando por trás das adolescentes, que, sorridentes, ainda acreditavam estar seguras. Pouco antes, uma das jovens havia publicado em sua conta no Facebook: “Estávamos ao lado de um trem ahaha, isso é incrível!!!!”. A postagem, hoje resgatada como símbolo de ironia trágica, viralizou novamente nesta semana, despertando reflexões sobre como decisões impulsivas podem custar a vida.

O condutor do trem, John Anderson, deu um testemunho que continua a sensibilizar quem lê ou ouve sua versão dos fatos. Ele afirmou ter visto as adolescentes “no próprio mundinho delas” segundos antes do impacto. Ao perceber o que estava prestes a acontecer, acionou os freios de emergência, mas nada pôde impedir a colisão. Anderson correu até o local para prestar socorro e encontrou Savannah ainda respirando. “Eu realmente pensei que ela conseguiria sobreviver”, declarou emocionado em entrevistas posteriores. Sua vida profissional e pessoal, segundo ele, ficou marcada para sempre por aquela cena.

As três adolescentes compartilhavam uma paixão por trens e, em suas redes sociais, frequentemente publicavam fotos e comentários sobre viagens, passeios e trilhos. Essa admiração acabou se tornando um fator trágico, já que, na tarde fatídica, o encantamento diante da primeira locomotiva desviou a atenção para a segunda, que surgiu de forma inesperada. Amigos e familiares sempre descreveram as jovens como alegres, curiosas e cheias de planos para o futuro — planos que se perderam em poucos segundos de distração.

Mais de dez anos após o acidente, o episódio segue sendo relembrado como uma dura lição sobre segurança e responsabilidade. Autoridades ferroviárias em diversos países passaram a reforçar campanhas contra a prática de tirar fotos em trilhos, transformando o caso de Utah em exemplo emblemático do que pode acontecer quando a adrenalina supera a prudência. Ao mesmo tempo, o relato da mãe e do condutor mantêm viva a memória das três adolescentes, lembrando que, por trás dos números de acidentes, existem histórias reais, lágrimas e cicatrizes que nunca se apagam.


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