Atentado em salão de sinuca resulta na morte de sete pessoas por grupo armado

Na noite da última sexta-feira (12), um ataque armado em Santo Domingo, no Oeste do Equador, resultou na morte de sete pessoas e deixou quatro feridas. De acordo com informações da polícia, homens encapuzados entraram em um salão de sinuca e dispararam contra os frequentadores, caracterizando a ação como seletiva.

Conforme informações obtidas pelo portal O Globo, a coronel Beatriz Benavides esclareceu que o incidente está relacionado à luta por território entre facções criminosas. Em entrevista coletiva, ela afirmou: “Presume-se que esse ato violento seja resultado de uma disputa pelo controle do território entre grupos do crime organizado e grupos armados organizados.” Imagens que circulam nas redes sociais registram o momento do ataque.

Equador se estabelece como novo corredor do narcotráfico

Situada a 160 km de Quito, Santo Domingo se tornou um foco de confrontos entre gangues associadas a cartéis mexicanos, colombianos e albaneses. O Equador tem sido utilizado como uma rota para o tráfico de cocaína destinada aos Estados Unidos e à Europa, resultando em violentas disputas territoriais. Em agosto, um massacre semelhante ocorreu em um salão de sinuca na mesma cidade, e as autoridades policiais agora investigam possíveis conexões entre os dois incidentes.

Beatriz também relatou que a caminhonete utilizada pelos atiradores foi incendiada e deixada para trás após a fuga. Em resposta ao ocorrido, a polícia anunciou uma recompensa por informações que ajudem na identificação e captura dos responsáveis.

Noboa intensifica retórica, enquanto número de mortes aumenta significativamente

No primeiro semestre de 2025, o Equador registrou mais de 4,6 mil homicídios, marcando um aumento de 47% em comparação ao ano anterior, conforme dados do Observatório Equatoriano do Crime Organizado. Apesar das operações e dos estados de exceção implementados pelo presidente Daniel Noboa, ele busca enfrentar a crescente violência por meio de ações rigorosas, incluindo a captura e extradição, em julho, de Fito, líder da principal facção criminosa do país.