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Supremo pega fogo: bastidores revelam discussão entre Gilmar Mendes e Fux

2 semanas atrás

Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF), o clima, que já vinha pesado por conta de julgamentos polêmicos e pressões externas, azedou de vez nesta semana. O motivo? Um desentendimento ríspido entre dois dos ministros mais influentes da Corte: Gilmar Mendes e Luiz Fux. O episódio, que teria ocorrido no intervalo de uma das sessões plenárias, chamou atenção não apenas pelo tom elevado da conversa, mas também por envolver temas sensíveis e nomes que mexem com a opinião pública. Quem presenciou a cena garante: foi um verdadeiro “climão jurídico”, digno de roteiro político.

Tudo começou quando Gilmar Mendes, conhecido por seu temperamento incisivo e seu estilo direto de debater, resolveu ironizar uma decisão recente do colega Luiz Fux. O alvo da provocação foi a suspensão de um julgamento envolvendo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O caso, vale lembrar, é o processo em que Moro virou réu por calúnia após ter feito um comentário interpretado como ofensivo ao próprio Gilmar. A ironia do destino — e da política — colocou ambos, juiz e ex-juiz, no centro de mais uma polêmica que mistura toga, poder e vaidade.

De acordo com relatos obtidos por jornalistas que cobrem o dia a dia do Supremo, Gilmar Mendes questionou o colega em tom de brincadeira, mas com aquele toque de acidez que o tornou famoso nos corredores de Brasília. Fux, por sua vez, não teria gostado do comentário e respondeu de forma dura, deixando claro que não admitiria insinuações sobre suas decisões. A troca de palavras rapidamente ganhou tons mais ásperos, atraindo olhares discretos — e alguns nem tanto — de outros ministros e assessores presentes no local.

Embora a discussão tenha durado poucos minutos, o suficiente para ser abafada por sussurros e telefonemas de “desconforto”, o episódio repercutiu fortemente dentro e fora do Supremo. Isso porque o embate não se limita a uma questão pessoal: expõe fissuras internas em um tribunal que, nos últimos anos, tem acumulado protagonismo e desgaste em igual medida. As decisões do STF frequentemente impactam diretamente o jogo político nacional — e quando as divergências entre ministros extrapolam o plenário, o desgaste institucional se torna inevitável.

A tensão entre Gilmar e Fux, aliás, não é de hoje. Os dois já protagonizaram outros embates públicos e discretos ao longo da última década. Em diferentes momentos, divergiram sobre temas como prisão em segunda instância, Lava Jato e os limites das decisões monocráticas. Fontes próximas aos ministros dizem que, apesar de manterem um respeito formal, a relação é marcada por “cordialidade forçada” e “temperamentos incompatíveis”. Em um tribunal onde o ego tem peso semelhante ao voto, o convívio entre visões tão opostas costuma ser um desafio constante.

Do ponto de vista político, o caso reacende discussões sobre a necessidade de maior transparência nas relações internas do Supremo e sobre o papel dos ministros em momentos de tensão institucional. Enquanto parte da opinião pública vê o episódio como uma demonstração de humanidade — afinal, até os togados perdem a paciência —, outra parte enxerga com preocupação o impacto que essas rusgas podem ter na imagem da Corte. Em tempos de polarização e desconfiança nas instituições, cada gesto, palavra ou olhar entre ministros pode ser interpretado como sintoma de crise.

Apesar do constrangimento, ambos os ministros seguiram cumprindo suas agendas normalmente nos dias seguintes. Nenhum deles se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, e a assessoria do STF optou pelo silêncio, reforçando a estratégia de não alimentar especulações. Nos corredores, porém, o assunto continua rendendo comentários e piadas discretas — o tipo de “fuxico jurídico” que movimenta Brasília e mostra que, por trás das togas e das formalidades, o Supremo é formado por pessoas reais, com emoções, vaidades e opiniões. E quando esses elementos se misturam à política, o resultado, como se viu, é explosivo.


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