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Governo Trump promete ‘resposta’ após condenação de Bolsonaro; entenda o que pode acontecer

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses reacendeu tensões diplomáticas. A gestão Trump sinalizou que “responderá” ao caso, movimento que pode afetar comércio, cooperação jurídica e a agenda bilateral.

2 semanas atrás

A Primeira Turma do STF condenou Jair Bolsonaro em 11 de setembro de 2025 por maioria de 4 a 1. A decisão abrange crimes ligados à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A pena foi fixada em 27 anos e 3 meses; a defesa informou que vai recorrer, e não há execução imediata da prisão até o trânsito em julgado.

No dia 12 de setembro, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que Washington dará uma “resposta” à condenação, sem detalhar o formato. A sinalização veio acompanhada de declarações públicas de apoio de Donald Trump a Bolsonaro, ampliando a pressão política sobre o tema nas duas capitais.

Trump tem repetido que considera o julgamento “surpreendente” e traçou paralelos com os processos que enfrenta nos EUA. A retórica foi reproduzida por veículos e analistas, enquanto parte da diplomacia americana avalia opções possíveis e seus custos.

O que pode estar na mesa de Washington? De acordo com a cobertura internacional, o leque vai desde pressões discursivas e gestos políticos (pronunciamentos, moções no Congresso), passando por revisões setoriais em cooperação e comércio, até tarifas ou sanções pontuais — medidas que a Casa Branca já usou como instrumento de sinalização em outras disputas e que Trump citou em ocasiões recentes ao comentar o caso brasileiro. Ainda não há anúncio oficial detalhado que vincule novas ações diretamente à condenação.

Como reage Brasília? O governo brasileiro acompanha o tom de Washington e, por ora, mantém a posição de que o julgamento é assunto interno do Judiciário. Interlocutores ouvidos pela imprensa apontam expectativa — desde agosto — de que os EUA pudessem endurecer o tom após a sentença, mas sem confirmação de medidas concretas. Na frente jurídica, os advogados de Bolsonaro chamaram a pena de “excessiva” e prometem recorrer no Brasil e em instâncias internacionais.

Impactos e próximos passos

No curto prazo, a “resposta” americana tende a ser gradual e calibrada, testando limites do relacionamento sem romper canais. Para empresas e mercados, o risco principal estaria em tarifas ou barreiras que encareçam exportações específicas; para a política, o foco será a cooperação judicial e o discurso público de ambos os governos. Tudo depende, porém, do formato exato da ação que a Casa Branca venha a anunciar — algo que, até aqui, não foi detalhado oficialmente.


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