Heloísa Faissol foi uma daquelas figuras que o público não esquece. Irreverente, polêmica e cheia de personalidade, ela conquistou atenção nacional ao participar da sétima edição do reality A Fazenda, em 2014. No meio de um elenco competitivo e repleto de egos, Heloísa brilhou por ser autêntica — sem medo de expor opiniões, desafiar convenções ou rir de si mesma. Na época, sua postura espontânea dividia opiniões, mas ninguém podia negar: ela tinha presença.
Filha de uma tradicional família carioca, Heloísa poderia ter seguido um caminho previsível, cercado de conforto e discrição. Mas preferiu quebrar padrões. Abandonou o estilo de vida aristocrático e mergulhou no universo do funk, gênero popular e muitas vezes marginalizado, assumindo o nome artístico de Helô Quebra Mansão. A escolha era provocativa e simbólica: ela queria mostrar que o talento e a arte não se limitam a classes sociais. Sua ousadia abriu portas e inspirou outras mulheres a desafiar os rótulos.
O portal Extra, em uma reportagem recente sobre sua trajetória, descreveu Helô como “alguém que desafiava convenções, afirmando-se na música e no entretenimento”. E de fato, era isso que ela fazia. Entre rimas e batidas, Heloísa misturava ironia, sensualidade e crítica social, sempre com um toque pessoal de humor. Ela não queria ser apenas mais uma cantora de funk — queria ser um símbolo de liberdade.
Mas por trás da energia vibrante e do sorriso fácil, havia uma mulher travando uma batalha silenciosa. Amigos próximos relataram que Heloísa sofria com crises de depressão, enfrentando altos e baixos emocionais. “Ela era uma pessoa de extremos — hora muito feliz, hora muito para baixo”, contou um amigo ao Extra. Mesmo com o brilho nos palcos e nas redes, a artista carregava um sofrimento profundo, algo que nem a fama conseguiu silenciar.
No dia 2 de fevereiro de 2017, a notícia de sua morte abalou fãs e colegas do meio artístico. Aos 46 anos, Heloísa foi encontrada sem vida em seu apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo a Polícia Civil, havia uma carta de despedida na qual ela mencionava sua depressão e afirmava que “não aguentava mais viver nesse mundo”. O corpo foi encontrado pelo filho, já em decomposição, o que indicava que ela havia falecido dias antes. A tragédia chocou o país e reacendeu o debate sobre saúde mental entre artistas e influenciadores.
Apesar da dor e da forma trágica como sua vida terminou, Heloísa deixou um legado de coragem e autenticidade. Ela viveu intensamente, do seu jeito, sem tentar se encaixar em moldes alheios. Transitava entre o funk, o teatro, a performance e as artes plásticas com a mesma paixão que levava às suas causas e opiniões.
Hoje, quase uma década após sua morte, Heloísa Faissol continua sendo lembrada como uma mulher que ousou ser quem era — mesmo quando isso custava críticas e incompreensão. Sua história é um lembrete doloroso, mas necessário, de que por trás da fama e do riso, muitas vezes há alguém pedindo socorro. E que ouvir esse grito pode ser a diferença entre o aplauso e o silêncio.





















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