A nova foto de Miguel Falabella ao lado de Samuel de Assis movimentou as redes e ajudou a aquecer os motores para a estreia de Três Graças, próxima novela das 21h da TV Globo. Na legenda, Falabella escreveu, em tom carinhoso e bem-humorado, “Eu e meu gato na próxima das 9”, comentário que reforça a química entre os atores e antecipa um dos eixos afetivos da trama. Para o público, o registro cumpre um papel simples e eficaz: transforma expectativa difusa em conversa concreta sobre personagens, relações e temas que a novela pretende levar ao horário nobre.
No folhetim, Falabella interpreta Kasper Damatta, galerista do universo das artes, enquanto Samuel viverá João Rubens, seu companheiro e sócio. O casal cria a filha Maggye (Mell Muzillo), e a dinâmica familiar — segundo o próprio Falabella — foi um dos aspectos que mais o atraiu no projeto. Há a promessa de equilibrar afeto, humor e conflitos cotidianos, compondo um retrato contemporâneo que busca naturalizar a diversidade familiar sem didatismos excessivos, mas com calor humano e drama reconhecível.
A imagem publicada por Falabella se insere numa estratégia de divulgação típica da teledramaturgia atual: bastidores controlados e pílulas de intimidade compartilhadas pelos próprios artistas. Esse tipo de conteúdo amplia o alcance para além das chamadas de TV, gera engajamento orgânico e cria um pré-vínculo emocional entre público e personagens. No caso de Três Graças, a aposta tem surtido efeito — a combinação de um elenco estrelado e a volta de Falabella às novelas após mais de duas décadas funciona como gatilho de curiosidade e nostalgia.
Do ponto de vista temático, o núcleo Kasper–João se conecta a uma tendência recente das novelas das 21h: famílias plurais que enfrentam desafios externos e internos sem abrir mão do afeto. A chegada de novas personagens ao lar do casal deve tensionar laços, provocar escolhas e, ao mesmo tempo, reafirmar a casa como lugar de cuidado. Essa abordagem dialoga com o público que espera ver conflitos críveis e, sobretudo, afetos possíveis, reforçando a vocação do horário para discutir costumes sem perder o entretenimento.
Para o leitor que acompanha lançamentos, vale observar duas frentes. A primeira é a construção de imagem de Samuel de Assis, que vem de trabalhos marcantes e chega ao horário nobre em papel de grande visibilidade, dividindo protagonismo afetivo com Falabella. A segunda é a curadoria estética do núcleo: figurino, cenário de galeria e o repertório artístico tendem a marcar identidade visual própria, oferecendo um contraponto elegante aos conflitos de outras famílias da trama — elemento que costuma repercutir nas redes pela fotogenia e pelo potencial de memes e referências.
Por fim, a legenda “meu gato” tem efeito editorial além do humor: ela humaniza a campanha, aproxima o elenco do público e sinaliza que a novela quer falar de amor, parceria e cuidado, pilares que sustentam histórias longevas no prime time. Em suma, a foto não é apenas bastidor simpático; é peça de comunicação que antecipa tom, apresenta vínculos e ajuda a posicionar Três Graças no imaginário do espectador antes mesmo do primeiro capítulo.