A atriz Regina Duarte, ícone da televisão brasileira, voltou a chamar atenção recentemente ao relembrar momentos marcantes de sua carreira em uma entrevista ao podcast PodCatia, apresentado por Cátia Fonseca. Durante a conversa, Regina compartilhou uma confidência pessoal sobre sua participação na novela História de Amor, exibida originalmente em 1995 e atualmente reprisada pela Globo. A atriz revelou que nutria um amor platônico por seu colega de cena, o também ator José Mayer, com quem viveu um casal na trama escrita por Manoel Carlos.
Regina Duarte explicou que a admiração por Mayer era profunda, mas completamente contida devido aos compromissos pessoais de ambos na época. “Zé é uma coisa, daquele ator que você vai se apaixonando por ele, pessoalmente mesmo”, admitiu a atriz. Ela reforçou que, apesar do sentimento, nunca houve qualquer ação além da imaginação: “Foi um amor platônico. Eu casada, ele era casado. Então ficava na retaguarda”, disse, ressaltando o respeito aos limites da vida pessoal de ambos.
Durante a entrevista, Cátia Fonseca tentou aprofundar a questão, questionando se o sentimento existiu de fato. Regina Duarte respondeu com bom humor, mas mantendo a discrição: “Eu acho que isso é uma pergunta irrespondível, não é? O cara está aí, a mulher [esposa dele, Vera Fajardo] está aí.” Após o esclarecimento da apresentadora de que a pergunta se referia à época das gravações, Regina completou: “É, platônico, bem platônico. E nem ele sabe. Deve estar sabendo agora.” A revelação mostrou não apenas o lado humano da atriz, mas também a relação de respeito que ela manteve com os colegas de trabalho e com a própria vida pessoal.
Além da confissão sobre seu sentimento platônico, Regina Duarte também comentou sobre sua visão em relação aos remakes de novelas, tema que gera opiniões polarizadas entre atores, críticos e público. A atriz, que interpretou Raquel Accioly na versão original de Vale Tudo, expressou sua opinião de forma crítica. Para ela, refazer produções que já foram sucesso é uma falta de consideração com o trabalho realizado anteriormente.
“Você tá falando remake, quer dizer o quê? Uma coisa que fez sucesso lá trás tá sendo refeita agora. Eu acho uma traição aos atores. Porque se fez sucesso lá trás… Uma coisa que não deu muito certo, que foi mais ou menos, ok. Quer refazer e aprimorar? Mas uma coisa que foi bem feita, bem recebida, 100% de audiência, ah gente!”, declarou Regina. Suas palavras refletem a preocupação com a preservação da memória artística e o reconhecimento do esforço e talento dos atores que participaram das versões originais.
O desabafo da atriz também toca em uma questão recorrente na televisão brasileira: a adaptação de produções clássicas para novas gerações. Se, por um lado, os remakes podem atrair novos públicos e atualizar tramas para o contexto atual, por outro, podem gerar polêmicas ao reinterpretar personagens e situações que se tornaram icônicos. A opinião de Regina Duarte reforça que a criação original possui valor artístico e cultural que deve ser respeitado, especialmente quando o público ainda mantém forte ligação afetiva com os personagens e histórias originais.
A entrevista de Regina Duarte, ao abordar tanto o amor platônico por José Mayer quanto sua crítica aos remakes, revela o lado humano e reflexivo da atriz. Ela demonstra sensibilidade ao lembrar de sentimentos pessoais guardados durante décadas e mantém firme sua visão crítica sobre a valorização do trabalho artístico na televisão.
Em síntese, Regina Duarte mesclou memórias pessoais e críticas profissionais ao relembrar sua trajetória em História de Amor e Vale Tudo. A atriz compartilhou com os fãs uma faceta mais íntima e, ao mesmo tempo, reafirmou sua posição sobre a importância de reconhecer e respeitar os trabalhos originais, deixando clara sua postura ética e apaixonada pelo mundo artístico. A entrevista reacende o interesse do público pela carreira da veterana e reforça sua influência no cenário televisivo brasileiro, mostrando que, mesmo décadas após suas obras mais icônicas, Regina Duarte continua relevante e admirada.