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Doença dolorosa e contagiosa atinge ator Marcelo Faria

3 dias atrás

O ator Marcelo Faria decidiu compartilhar com o público uma experiência pessoal dolorosa que enfrentou nos últimos anos: o diagnóstico de herpes-zóster. O relato, feito em suas redes sociais, chamou a atenção não apenas pela sinceridade, mas também pelo alerta sobre uma doença que atinge milhares de brasileiros. Marcelo contou que descobriu o problema há três anos, durante uma viagem à Europa com a esposa, quando começou a sentir sintomas intensos e debilitantes que o impediram de dormir e aproveitar o período de descanso.

Segundo o ator, os primeiros sinais foram dores fortes e uma sensação de ardência incomum na pele. Inicialmente, acreditou se tratar de algo passageiro, mas o quadro se agravou rapidamente. “Foi muito ruim, eu não conseguia descansar”, relatou. As noites se tornaram longas e angustiantes devido à dor e à insônia causadas pelas lesões cutâneas e pela inflamação dos nervos. O desconforto era tamanho que ele precisou interromper compromissos pessoais e procurar atendimento médico urgente.

Marcelo explicou que o herpes-zóster é uma doença causada pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zóster. Depois que a pessoa contrai catapora na infância, o vírus permanece “adormecido” no organismo e pode ser reativado anos depois, principalmente quando o sistema imunológico está enfraquecido. No caso do ator, isso ocorreu aos 50 anos, idade em que o risco de desenvolver a infecção aumenta consideravelmente. Ele destacou que, mesmo após o tratamento, as dores podem persistir por semanas ou até meses, deixando sequelas chamadas de neuralgia pós-herpética.

Durante o tratamento, Marcelo precisou adotar uma série de cuidados específicos para aliviar os sintomas e evitar complicações. Ele contou que precisou mudar a rotina de higiene, evitando banhos quentes e mantendo a pele sempre limpa e seca para não agravar as feridas. O uso de antivirais e analgésicos foi essencial para conter a infecção e reduzir a dor, mas o processo de recuperação exigiu paciência e acompanhamento médico constante. “Hoje sou vacinado, mas ainda sinto na pele o quanto foi difícil. É uma doença que não desejo para ninguém”, disse o artista.

A experiência o levou a refletir sobre a importância da informação e da prevenção. Marcelo contou que decidiu falar publicamente sobre o tema para alertar seus seguidores e incentivar o debate sobre o acesso à vacina. O ator se tornou um defensor da inclusão da imunização contra o herpes-zóster no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente para pessoas idosas e imunossuprimidas. Ele ressaltou que muitas pessoas desconhecem a gravidade da doença e só procuram ajuda quando os sintomas já estão em estágio avançado.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2008 e 2024 foram registrados mais de 85 mil atendimentos e 30 mil internações relacionadas ao herpes-zóster no país. A maior parte dos casos ocorre em indivíduos com mais de 50 anos, grupo em que a imunidade tende a ser mais baixa. Os especialistas alertam que o vírus pode ser reativado por fatores como estresse, uso prolongado de medicamentos imunossupressores e doenças crônicas. Essas informações reforçam o alerta de Marcelo sobre o papel da prevenção.

O ator também mencionou o impacto emocional que a doença lhe causou. Além das dores físicas intensas, ele afirmou ter enfrentado momentos de desânimo e ansiedade, especialmente por não conseguir dormir nem manter suas atividades normais. Segundo ele, lidar com uma condição que afeta o corpo e a mente ao mesmo tempo é um desafio que exige força e apoio familiar. “Aprendi a valorizar ainda mais a saúde e a importância de cuidar do corpo com atenção”, afirmou.

Marcelo aproveitou a repercussão de seu depoimento para incentivar a participação da população na consulta pública que discute a inclusão da vacina contra o herpes-zóster no SUS. Atualmente, a imunização é recomendada para pessoas com mais de 80 anos e indivíduos imunossuprimidos, mas o ator defende que a faixa etária seja ampliada. “A vacina pode evitar muito sofrimento. Se eu tivesse me imunizado antes, talvez não tivesse passado por isso”, declarou, reforçando o valor da prevenção.

A iniciativa de Marcelo foi elogiada por profissionais de saúde e fãs, que destacaram a importância de figuras públicas usarem sua visibilidade para promover campanhas educativas. A doença, embora comum, ainda é cercada de desinformação, e muitos não sabem que pode deixar sequelas graves. O depoimento do ator ajuda a humanizar o tema e a quebrar o tabu em torno das enfermidades virais que afetam adultos e idosos.

Com sua história, Marcelo Faria transforma uma experiência dolorosa em um gesto de conscientização. Seu relato mostra que, por trás da fama e dos holofotes, há vulnerabilidade e humanidade. Ao compartilhar sua trajetória com o herpes-zóster, ele dá voz a milhares de pessoas que enfrentam o mesmo problema em silêncio e reforça uma mensagem clara: cuidar da saúde é um ato de amor e responsabilidade, e a prevenção, por meio da vacinação, é o caminho mais seguro para evitar o sofrimento que ele conheceu de perto.


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