Jornais brasileiros escondem, mas jornais internacionais tratam o caso de Virgínia e Vini Jr. como um ‘grande escândalo’

Virgínia Fonseca, a influenciadora brasileira de 26 anos com mais de 52 milhões de seguidores no Instagram, deixou de ser apenas um fenômeno local para figurar em manchetes de jornais estrangeiros, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. Seu nome ganhou projeção internacional em 2025, impulsionado pelo romance relâmpago com o astro do Real Madrid, Vinícius Jr., e por uma série de controvérsias que culminaram no que a imprensa passou a chamar de “grande escândalo”. Veículos como o espanhol Marca, o britânico Daily Mail e o americano Gaming America dedicaram espaço à trajetória da mineira que, em poucos meses, transitou do glamour das arquibancadas de Madri aos holofotes de uma CPI no Senado brasileiro.

O estopim da atenção global foi o affair com Vini Jr., oficializado em setembro de 2025 após Virgínia ser vista usando a camisa 7 do jogador em um jogo do Real Madrid. O ABC da Espanha publicou uma matéria intitulada “A brasileira que reconquistou Vini Jr. após a traição”, detalhando o pedido de desculpas público do atleta em suas redes sociais. Já o National World, do Reino Unido, especulou sobre a relação com a manchete “Virgínia Fonseca e Vinicius Jr. estão namorando?”, enquanto o Marca em inglês a descreveu como “uma das personalidades mais bem-sucedidas do Brasil”. O romance, porém, durou menos de um mês e terminou em um escândalo de infidelidade quando mensagens de Vini Jr. com modelos como Day Magalhães e Anna Silva vieram à tona, comparando-o a Neymar em jornais como AS e Telecinco.

Paralelamente ao drama amoroso, a participação de Virgínia na CPI das Bets, em maio de 2025, atravessou fronteiras e virou notícia no exterior. O Gaming America destacou as “cenas bizarras” do depoimento, em que senadores pediram selfies com a influenciadora enquanto ela era questionada sobre contratos milionários com plataformas de apostas online, como a Blaze, que lhe rendiam até 30% das perdas dos apostadores. O relatório final da CPI a indiciou por estelionato e publicidade enganosa, o que fez o CNN International mencionar o caso como exemplo de “influenciadores no centro de escândalos regulatórios na América Latina”. A perda de meio milhão de seguidores em poucos dias reforçou a narrativa de crise de imagem.

Outro ponto que ecoou fora do Brasil foi a série de problemas judiciais envolvendo a marca WePink, de Virgínia e sua família. Em outubro de 2025, o Diário do Pará e portais europeus repercutiram a acusação de descumprimento de decisão judicial após a influenciadora republicar propaganda de perfume sem regularizar estoques atrasados. Ações anteriores por calote a fornecedores e condenações por práticas abusivas contra consumidores, como atrasos em entregas de óculos de sol, foram citadas pelo Forbes americano em uma matéria sobre “o lado sombrio do império de bilhões da influenciadora brasileira”. O lançamento polêmico de uma base de maquiagem em 2023, criticada por qualidade e preço, também ganhou menção na imprensa internacional como exemplo de marketing controverso.

O término do casamento com o cantor Zé Felipe, anunciado logo após a CPI, foi interpretado por veículos como Metrópoles como uma tentativa de desviar o foco do escândalo das apostas, mas acabou ampliando a cobertura. Jornais espanhóis relacionaram o divórcio ao estresse causado pela exposição de Vini Jr., enquanto o Daily Mail a chamou de “a apresentadora glamorosa que descobriu a traição do namorado famoso”. A tentativa de Virgínia de se reinventar como rainha de bateria da Grande Rio, em maio de 2025, também gerou críticas internacionais por “falta de samba no pé”, segundo o Sport.es, que a acusou de usar o carnaval apenas como estratégia de marketing.

Hoje, Virgínia Fonseca é retratada pela imprensa estrangeira como um caso emblemático dos riscos da fama digital: uma empresária que faturou R$ 10 milhões em um único mês com perfumes, mas que viu sua reputação abalada por escândalos amorosos, judiciais e éticos. O “grande escândalo” que une traição, apostas ilegais e descumprimento de ordens judiciais transformou-a em símbolo de como a influência nas redes pode tanto construir impérios quanto derrubá-los em tempo real, com os olhos do mundo acompanhando cada capítulo.