Um casal foi preso no sábado (25) em Dom Pedrito, na Região da Campanha, sob suspeita de envolvimento na morte do próprio filho, um menino de apenas 3 anos. A prisão ocorreu após a criança ser levada já sem vida ao Pronto Socorro municipal. O caso, investigado pela Polícia Civil, chocou moradores da cidade e levantou alertas sobre possíveis situações de negligência prolongada.
Segundo informações preliminares repassadas pelos responsáveis, a criança teria vomitado e se afogado com o próprio vômito. No entanto, ao avaliar o corpo, profissionais de saúde perceberam marcas e sinais que sugeriam maus-tratos, além de aspectos que indicavam que a criança poderia sofrer de problemas de saúde não tratados de forma adequada. Diante das suspeitas, a equipe médica acionou as autoridades policiais.
Após a comunicação do hospital, policiais civis e membros do Conselho Tutelar se deslocaram até a residência da família. Ao chegar no local, os agentes teriam encontrado a casa em condições de higiene precárias, com sujeira acumulada em diversos ambientes, falta de organização e indícios de abandono doméstico. Alimentos vencidos, restos de comida expostos e utensílios sujos reforçaram o quadro de insalubridade.
O delegado responsável pelo caso afirmou que o ambiente encontrado não era adequado para a criação de uma criança pequena, ainda mais uma com possíveis necessidades de cuidados específicos. “A situação da casa demonstra um contexto claro de negligência. Não se trata apenas de um episódio pontual, mas sim de um cenário contínuo de descuido, que pode ter contribuído diretamente para o agravamento do estado de saúde da vítima”, declarou.
Diante dos elementos observados durante a vistoria, o casal foi preso em flagrante sob suspeita do crime de maus-tratos seguido de morte, previsto no Código Penal. A tipificação pode resultar em pena mais grave que a de homicídio simples, caso seja comprovado que o sofrimento imposto à criança ocorreu de forma prolongada ou intencional.
O corpo do menino será submetido a exame de necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP), que deverá identificar a causa exata da morte. Embora a hipótese inicial dos pais seja a de sufocamento durante um episódio de vômito, a perícia deve avaliar se havia sinais de agressão física recente ou crônica, desnutrição, infecções ou outras condições médicas não tratadas.
O Conselho Tutelar informou que já havia recebido, em ocasiões anteriores, denúncias envolvendo a família, mas detalhes desses atendimentos não foram divulgados. A instituição reforçou que o acompanhamento de situações de vulnerabilidade depende da colaboração da comunidade, que deve denunciar casos suspeitos.
Enquanto aguardam decisão judicial sobre a manutenção da prisão, os pais permanecem à disposição das autoridades. A investigação segue, e novos depoimentos deverão ser colhidos nos próximos dias para esclarecer se a morte foi resultado de negligência, violência ou ambas.





















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