Mulher interrompe culto e diz que é amante do pastor

Um episódio inusitado e tenso marcou o culto da manhã de domingo (19) em uma igreja localizada no bairro Vale do Sinal, em Manaus (AM). O que era para ser mais uma celebração tranquila acabou se transformando em um cenário de espanto e constrangimento para dezenas de fiéis que estavam presentes.

Durante a pregação, uma mulher subiu repentinamente ao altar, carregando uma criança no colo, e fez uma revelação que deixou todos perplexos: afirmou, em voz alta, ser amante do pastor da congregação e que o bebê que trazia nos braços seria fruto dessa relação extraconjugal. O líder religioso, no entanto, não se encontrava no templo naquele momento — mas sua esposa, sim, estava sentada na primeira fileira, acompanhando o culto.

O silêncio que tomou conta da igreja foi quase imediato. Testemunhas afirmam que a mulher parecia nervosa e chorava enquanto falava. Alguns membros tentaram acalmá-la, enquanto outros reagiam com indignação e incredulidade. A esposa do pastor permaneceu em silêncio, visivelmente abalada, sem reagir às acusações.

Logo após as declarações, parte da congregação começou a murmurar que a mulher estaria “possuída por um espírito maligno”. A pastora responsável por conduzir o culto — substituindo o pastor titular naquela manhã — tentou iniciar uma oração de libertação, pedindo que os fiéis intercedessem. A mulher, porém, resistiu, alegando que não estava possuída, apenas buscava ser ouvida e “revelar a verdade diante de Deus”.

A tensão aumentou. Em meio à confusão, alguns membros se aproximaram para retirá-la do altar. Um dos presentes relatou que ela foi levada para fora do templo de forma conturbada, enquanto ainda segurava a criança e gritava que “Deus sabia de tudo”. O culto, que estava sendo transmitido ao vivo por redes sociais da igreja, teve a transmissão interrompida logo após o início do tumulto.

Moradores da região comentaram o caso durante toda a tarde, e pequenos vídeos gravados por fiéis circularam rapidamente em grupos de mensagens e redes sociais. Em algumas das gravações, é possível ouvir gritos e orações sendo feitas ao fundo, enquanto a mulher é conduzida para fora.

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Até o momento, nem o pastor citado nem sua esposa se manifestaram publicamente. Fiéis mais próximos ao casal afirmam que ambos estariam recolhidos, tentando lidar com a repercussão do episódio. Já a direção da igreja limitou-se a dizer que o caso está sendo tratado “internamente, com oração e discernimento”.

Especialistas em comportamento religioso apontam que situações como essa, embora raras, expõem a fragilidade das relações dentro de comunidades de fé, onde a figura do líder espiritual é cercada de confiança e respeito. O episódio também levanta debates sobre a exposição de escândalos em espaços sagrados e o impacto psicológico sobre os fiéis e as famílias envolvidas.

Enquanto o caso segue sem esclarecimentos oficiais, o ocorrido no Vale do Sinal permanece sendo o assunto mais comentado entre os moradores da zona norte de Manaus — e um lembrete de que, mesmo nos lugares destinados à paz e à fé, dramas humanos continuam a se desenrolar sob o olhar atento da comunidade.