Tragédia no Cânion Fortaleza reacende alerta sobre segurança em pontos turísticos naturais

Uma fatalidade no Cânion Fortaleza, localizado em Cambará do Sul (RS), tem gerado comoção e também um importante debate sobre a segurança de turistas em áreas naturais. A vítima, Bianca Bernardon Zanella, de apenas 11 anos, sofreu uma queda durante um passeio em família no Parque Nacional da Serra Geral — um dos destinos mais visitados da Serra Gaúcha.

Passeio era feito sem guia credenciado

Segundo a administração do parque e a concessionária Urbia, que opera o local, a família realizava um passeio autoguiado, prática bastante comum na região. A maioria das trilhas permite acesso livre, embora os turistas possam contratar serviços de guias, se desejarem.

A empresa reforça que há sinalizações ao longo das trilhas, especialmente em pontos próximos às bordas do cânion. Ainda assim, o episódio levanta uma reflexão sobre a real eficácia dessas medidas em trilhas frequentadas por famílias com crianças.

Entenda como ocorreu o acidente

Relatos apontam que a menina se afastou do grupo no momento em que todos se preparavam para retornar. Enquanto a mãe seguia com os dois irmãos menores, o pai permaneceu com Bianca. Testemunhas informaram que ela teria corrido em direção à borda e, mesmo com a tentativa do pai de alcançá-la, a queda não pôde ser evitada.

O local tem uma altura estimada de 70 metros. A equipe médica confirmou o falecimento da criança no próprio local. O laudo apontou politraumatismo como a causa da morte.

Investigação e medidas futuras

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Novas perícias serão realizadas com o objetivo de avaliar as condições de segurança do mirante e das trilhas ao redor. O cânion chegou a ser fechado temporariamente, mas o acesso ao público foi retomado no sábado (12), conforme comunicado oficial do parque.

Um dos destinos mais visitados do Sul do Brasil

O Cânion Fortaleza possui cerca de 7,5 km de extensão e é famoso por suas formações rochosas imponentes, que lembram muralhas naturais. Com trilhas exuberantes e vistas de tirar o fôlego, o local atrai turistas de todo o país — o que reforça a urgência em discutir medidas mais robustas para evitar novas tragédias.