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Morte do nosso querido coroinha de 15 anos foi confirmada, descanse em paz, Victor

11 segundos atrás

A dor de perder alguém tão jovem é uma ferida que parece não cicatrizar. Foi o que aconteceu com a família de Maick Victor Ribeiro, de apenas 15 anos, que morreu após ser levado pela correnteza na Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis. O caso mobilizou equipes de resgate, familiares e moradores da região durante quatro dias de intensas buscas, encerradas na manhã desta quarta-feira, 24 de setembro, com a localização do corpo do adolescente. A notícia trouxe um misto de alívio e tristeza: a espera terminou, mas a confirmação da morte intensificou a dor de quem conviveu com ele.

Maick era natural de Pinhais, no Paraná, e havia se mudado no início do ano para Antônio Carlos, em Santa Catarina, junto com os pais e irmãos. Estudante do nono ano do ensino fundamental, o jovem estava em fase de adaptação a uma nova realidade, mas, segundo familiares, se mostrava animado com os desafios da mudança e cultivava rapidamente novos laços de amizade. Descrito como alegre, comunicativo e generoso, ele carregava consigo a simpatia que conquistava tanto colegas de escola quanto vizinhos. Para a comunidade, sua perda representa não apenas o luto de uma família, mas também a ausência de um adolescente cheio de planos e sonhos interrompidos.

O acidente aconteceu no último sábado, quando Maick aproveitava um passeio em família na Praia de Palmas, destino conhecido pelo mar cristalino, mas também pela força das correntes. Ele entrou na água acompanhado de um primo e de um amigo, ambos resgatados a tempo por banhistas. O adolescente, no entanto, foi arrastado pela correnteza e desapareceu rapidamente, dando início a uma grande mobilização de busca. O episódio evidencia um problema recorrente no litoral catarinense: o número crescente de afogamentos em praias com sinalização insuficiente e poucos guarda-vidas permanentes, especialmente fora da alta temporada.

Desde o desaparecimento, o Grupamento de Busca e Salvamento de Florianópolis atuou com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Governador Celso Ramos e de guarda-vidas civis. Mergulhadores especializados, embarcações e até drones foram utilizados na varredura da região. Durante quatro dias, familiares acompanharam, com angústia, cada movimento das equipes de resgate, numa mistura de esperança e temor pelo desfecho. Na manhã desta quarta-feira, por volta das 8h, o corpo foi avistado próximo ao ponto onde Maick havia submergido. Após a retirada da água, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os trâmites de liberação.

A comoção se intensificou nas redes sociais, onde familiares e amigos compartilharam lembranças do adolescente. O pai se referiu ao filho como seu “camisa dez”, em alusão ao papel de destaque que Maick tinha na vida da família, enquanto a mãe descreveu o jovem como seu “parceirinho de todas as horas”, relembrando momentos cotidianos, como o chimarrão compartilhado e as brincadeiras diárias. Essas manifestações, carregadas de emoção, revelam o vazio deixado pela partida precoce, mas também a intensidade do vínculo afetivo que unia o adolescente àqueles que o amavam.

Em Pinhais, cidade natal de Maick, a comunidade também recebeu com pesar a notícia da morte. O jovem atuou como coroinha em uma paróquia local, onde cultivou amizades e foi lembrado por sua dedicação e carisma. Para os antigos colegas, a lembrança de sua participação em celebrações religiosas agora ganha um significado ainda mais especial. Já em Antônio Carlos, cidade onde passou a viver em 2024, os moradores se preparam para os atos fúnebres, que devem reunir não apenas familiares, mas também colegas da escola e vizinhos sensibilizados com a tragédia.

A história de Maick expõe de forma dolorosa a vulnerabilidade de adolescentes e jovens diante dos perigos do mar. Especialistas alertam que, em praias sem a devida estrutura de segurança, a imprudência pode custar vidas em poucos segundos. Mais do que um episódio isolado, a tragédia serve como alerta para a necessidade de reforço no número de guarda-vidas e de campanhas educativas sobre os riscos de correntes de retorno. Enquanto isso, a família tenta lidar com o vazio deixado por um filho querido, cuja vida foi interrompida cedo demais. Em meio à dor, resta a lembrança de um jovem cheio de energia, companheiro e amado, que agora será eternamente lembrado não apenas por sua família, mas por toda uma comunidade que chorou sua partida.


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