Filho de Marília Mendonça enfrenta doença grave e Murilo Huff desabafa: ‘Dificuldade’

Desde a morte precoce da cantora Marília Mendonça, em 2021, o cantor Murilo Huff assumiu de forma ainda mais intensa o papel de pai de Leo, hoje com 5 anos, fruto do relacionamento com a artista. O menino, que já era motivo de orgulho e amor para toda a família, recebeu em 2022 um diagnóstico que mudaria a rotina de todos: diabetes tipo 1, doença autoimune que exige vigilância constante.

Em entrevista recente, Murilo falou abertamente sobre a experiência de cuidar de um filho com uma condição crônica tão exigente. Segundo ele, a convivência com o diabetes é uma batalha diária, que exige atenção, disciplina e também resiliência emocional. “É como se todos os dias tivéssemos que matar um leão. A gente convive com a dificuldade de controlar a glicemia dele, mas fazemos isso da melhor maneira possível”, declarou o cantor, ao site Alô Alô Bahia.

A rotina de cuidados

O diabetes tipo 1 é caracterizado pela produção insuficiente de insulina pelo organismo, o que torna necessário o monitoramento constante dos níveis de glicose e a aplicação diária de insulina. No caso de Leo, essa rotina envolve checagens frequentes e a adaptação da alimentação para manter a saúde sob controle.

Para tornar esse processo menos invasivo, Murilo trouxe dos Estados Unidos um sensor de glicose moderno, que permite acompanhar as variações da glicemia em tempo real. O dispositivo, parecido com um pequeno botão fixado no corpo, ainda não está disponível no Brasil na mesma versão que ele conseguiu para o filho, embora existam modelos similares no mercado nacional. Segundo Murilo, esse recurso tem ajudado muito na qualidade de vida de Leo, permitindo um acompanhamento mais preciso e menos doloroso.

O peso da responsabilidade

Cuidar de uma criança com diabetes tipo 1 é um desafio constante, não apenas físico, mas também psicológico. Murilo reconhece que a responsabilidade é grande e que muitas vezes sente o peso da luta, mas reforça que se trata de um aprendizado e, acima de tudo, de uma forma de amor. Ele lembra que, em meio às dificuldades, também existem vitórias diárias: cada refeição equilibrada, cada noite de sono tranquila e cada dia em que a glicemia se mantém estável representam conquistas que enchem a família de esperança.

O cantor também destacou como a doença de Leo o aproximou de realidades enfrentadas por milhares de famílias brasileiras. “Eu levanto a bandeira dessa causa porque sei que muitas pessoas não têm acesso à insulina, que é um medicamento caro, ou a equipamentos como esse sensor que trouxe. É muito doloroso pensar que crianças sofrem ainda mais por falta de recursos”, afirmou.

Um apelo à sociedade e aos governantes

Murilo transformou sua experiência pessoal em uma plataforma de conscientização. Em entrevistas e nas redes sociais, ele tem chamado atenção para a necessidade de políticas públicas que garantam acesso a insumos essenciais, como insulina de qualidade, seringas, agulhas e monitores de glicemia.

Segundo ele, é fundamental que o governo brasileiro olhe com mais carinho para essa questão, já que o diabetes tipo 1 atinge milhares de crianças e adolescentes no país. O cantor reforça que o custo elevado dos tratamentos pode comprometer o orçamento familiar, dificultando o cuidado adequado. “Levanto essa bandeira porque sei que muita gente sofre, principalmente crianças. É uma causa muito séria, e precisamos de atenção urgente”, concluiu.

O legado de amor de Marília

A história de Leo carrega também a memória de sua mãe, Marília Mendonça, uma das maiores vozes da música sertaneja. Apesar da dor da perda, Murilo sempre ressalta que o menino é um elo vivo com a cantora, e que todo cuidado e amor dedicados a ele também são uma forma de honrar o legado deixado por Marília.

Leo cresce cercado de carinho da família e do pai, que, além de administrar uma carreira de sucesso, faz questão de estar presente em todos os detalhes da vida do filho. A rotina de cuidados com o diabetes tornou-se parte dessa jornada, reforçando ainda mais a conexão entre pai e filho.

Convivendo com a esperança

Apesar das dificuldades, Murilo não perde a esperança. Ele acredita no avanço da medicina, na possibilidade de novos tratamentos e, quem sabe, em soluções ainda mais eficazes que possam melhorar a vida de Leo e de tantas outras crianças. Até lá, segue firme no propósito de garantir ao filho uma infância plena, repleta de afeto e de possibilidades.

A história de Murilo e Leo é, acima de tudo, um testemunho de resiliência, amor e luta. Entre desafios e superações, pai e filho mostram que, mesmo diante de uma condição crônica como o diabetes tipo 1, é possível viver com qualidade e esperança, desde que haja cuidado, dedicação e políticas públicas que garantam o acesso ao tratamento adequado.